Claude Lévi-Strauss e a anamorfose do mito
DOI:
https://doi.org/10.23925/2675-8253.2021v2IiT1Palavras-chave:
Mito, Mythologiques, Transformações, Pensamento, Mítico, AnamorfosesResumo
O artigo pretende demonstrar que, ao construir sua ciência, Claude Lévi-Strauss afasta-se das categorias utilizadas pelos estudos tradicionais do mito e cria singulares ferramentas epistemológicas, sugeridas pela música, pelas ciências naturais, e pelas artes plásticas. Essas ferramentas, que podemos denominar operadores estéticos, iluminam, de forma exemplar, o processo de dissolução que sofre a matéria mítica ao transformar-se no tempo e no espaço. Ao estabelecer essa nova forma de pensar o mito, que reconcilia a experiência sensível com a inteligível, Lévi-Strauss propõe a superação da permanente dicotomia entre saber arcaico e moderno, entre pensamento mágico e científico, entre magia e ciência.
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