Micro-História e Psicanálise: Ginzburg discute o caso clínico Homem dos Lobos de Sigmund Freud

Autores

  • Roger Marcelo Martins Gomes Unisagrado, Centro de Ciências Humanas, História

DOI:

https://doi.org/10.23925/1980-7651.2019v24;p83-98

Palavras-chave:

Micro-História, Psicanálise, Carlo Ginzburg, Homem dos Lobos

Resumo

Em busca da relação profícua entre Psicanálise e História, procura-se, neste artigo avaliar como Carlo Ginzburg, em sua trajetória intelectual e acadêmica, discutiu Freud e a Psicanálise à luz da Micro-História. Para tanto, a obra de Ginzburg Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história tornou-se um manancial para esta busca. Nos capítulos Sinais: raízes de um paradigma indiciário e, principalmente, Freud, o homem dos lobos e os lobisomens, Ginzburg discute criticamente as interpretações de Freud sobre o seu caso clínico mais importante, um paciente russo de nome Serguei Constantinovitch Pankejeff (1887-1979), conhecido como O Homem dos Lobos. Ginzburg não deixa de reconhecer a magnitude da obra de Freud, mas aponta suas limitações como não considerar suficientemente a formação cultural de seu paciente e dar um enfoque maior a individuação. Ginzburg permitiu, ainda, demonstrar em sua obra a importância da Psicanálise na elaboração do conceito fundamental à MicroHistória, o paradigma indiciário.

Downloads

Publicado

2019-10-30

Edição

Seção

Artigos Originais