Entre o saber e o fazer: Vredeman de Vries e os artesãos de ofícios no contexto luso-brasileiro do século XVIII.

Autores

  • Angela Brandão Centro de Estudos Simão Mathias em História da Ciência - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.23925/1980-7651.2017v20;p43-60

Palavras-chave:

Livro dos Regimentos, ofícios mecânicos, Tratados artísticos, Vredeman de Vries.

Resumo

O trabalho artesanal em Portugal, assim como no Brasil Colonial, foi emoldurado por uma série de leis, provenientes das corporações de ofício medievais, compiladas em 1572 no Livro dos Regimentos dos Oficiais Mecânicos. Embora este conjunto de regras para a atuação dos artífices no contexto luso-brasileiro tenha sofrido alterações ao longo do tempo, de modo geral, manteve-se vigente até a segunda metade do século XVIII, quando modificações mais profundas no sistema artesanal começaram a demonstrar o esgotamento do sistema, diante do início da industrialização. O Livro dos Regimentos permite reconhecer que, além do conhecimento prático, os artesãos deveriam controlar um conhecimento teórico e erudito, baseado em Tratados de Arquitetura do Renascimento, onde o domínio das ordens arquitetônicas clássicas era exigido. No entanto, entre os tratados que teriam circulado no ambiente dos artesãos portugueses estariam obras como as de Hans Vredeman de Vries, autor conhecido como o “Vitrúvio Flamengo”. Este artigo procura reconhecer elementos do Tratado de Vredeman de Vries como parte dos “saberes” que teriam demarcado as práticas artesanais no ambiente das oficinas portuguesas do século XVIII, bem como seus limites.

Biografia do Autor

Angela Brandão, Centro de Estudos Simão Mathias em História da Ciência - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutora em História da Ciência pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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Publicado

2018-05-28

Edição

Seção

Dossier Images and Instruments in the History of Science