“Deus Sem Absoluto
Implicações Pós-Modernas na Teologia, Filosofia e Arte”
DOI:
https://doi.org/10.23925/rct.i110.69679Palavras-chave:
Corpo, Arte, Religião, Absoluto, SublimaçãoResumo
Este artigo explora as implicações pós-modernas na teologia, filosofia e arte a partir do conceito de um “Deus sem absoluto”, desenvolvendo um diálogo com as ideias de Jean-Luc Marion, Pierre Thévenaz e Michel Foucault. No campo teológico, Marion propõe que Deus seja compreendido por meio de sua retirada, ou que preserve sua alteridade radical. Thévenaz, por sua vez, defende uma filosofia sem absoluto que não nega Deus, mas estabelece uma relação autônoma entre a razão humana e o divino. A partir dessas noções, o trabalho investiga a relação entre corpo, sublimação e espiritualidade, com base nas análises de Foucault e Birman sobre a repressão e exaltação do corpo na contemporaneidade. O artigo também discute a “morte da arte” no sistema de Hegel e as implicações da arte contemporânea, exemplificadas pela obra de Marcel Duchamp, como uma “arte sem absoluto”. O trabalho conclui que a desconstrução do absoluto abre novas possibilidades de interpretação e relação com o transcendente, o corpo e a criação.
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