“Deus Sem Absoluto

Implicações Pós-Modernas na Teologia, Filosofia e Arte”

Autores

  • René Dentz Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.23925/rct.i110.69679

Palavras-chave:

Corpo, Arte, Religião, Absoluto, Sublimação

Resumo

Este artigo explora as implicações pós-modernas na teologia, filosofia e arte a partir do conceito de um “Deus sem absoluto”, desenvolvendo um diálogo com as ideias de Jean-Luc Marion, Pierre Thévenaz e Michel Foucault. No campo teológico, Marion propõe que Deus seja compreendido por meio de sua retirada, ou que preserve sua alteridade radical. Thévenaz, por sua vez, defende uma filosofia sem absoluto que não nega Deus, mas estabelece uma relação autônoma entre a razão humana e o divino. A partir dessas noções, o trabalho investiga a relação entre corpo, sublimação e espiritualidade, com base nas análises de Foucault e Birman sobre a repressão e exaltação do corpo na contemporaneidade. O artigo também discute a “morte da arte” no sistema de Hegel e as implicações da arte contemporânea, exemplificadas pela obra de Marcel Duchamp, como uma “arte sem absoluto”. O trabalho conclui que a desconstrução do absoluto abre novas possibilidades de interpretação e relação com o transcendente, o corpo e a criação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

René Dentz, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

*Doutor em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Belo Horizonte (FAJE). Professor do Departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Contato: renedentz@gmail.com

Referências

BELTING, Hans. O Fim da História da Arte. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

BIRMAN, Joel. Entre cuidado e Saber de Si. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000.

BIRMAN, Joel. Revista de Psicologia Clínica. Rio de Janeiro, v.20, p. 11-26, 2008.

BIRMAN, Joel. O Sujeito na Contemporaneidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2021.

CABANNE, Pierre. Marcel Duchamp: Engenheiro do Tempo Perdido. São Paulo:Perspectiva, 1997.

DE DUVE, Thierry. Kant depois de Duchamp. In: revista do Mestrado em História da Arte EBA. UFRJ. 2º semestre 1998.

DIDEROT, Denis. Salão de 1765. In: A Pintura Textos essenciais vol.7 Direção geral e apresentação Jaqueline Lichtenstein. O paralelo das artes. Sâo Paulo: Editora34, 2005. p.77-81.

DUCHAMP, Marcel. “O ato criador”. In: BATTOCK, Gregory. A nova arte. São Paulo: Perspectiva, 2004.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: História da Violência nas Prisões. São Paulo: Ática, 2002.

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade: as confissões da carne. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2020.

HAAR, Michel. “Os pressupostos do sistema hegeliano das artes”. In: A Obra de Arte – Ensaio sobre a ontologia das obras. Rio de Janeiro: Difel, 2000. p.54-66.

HEGEL, G. W. F. Curso de Estética – O Sistema das Artes. Trad. Álvaro Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

HEGEL, G. W. F.. Cursos de Estética I. Trad. Marco Aurélio Werne. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001.

JOHNS, Jasper. “Marcel Duchamp (1887-1968)”. IN: Escritos de artistas: Anos 60/70. Organização Glória Ferreira e Cecília Cotrin. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. p.203.

PAZ, Octavio. Marcel Duchamp ou o Castelo da Pureza. São Paulo: Perspectiva, 2002.

PAZ, Octavio. Ruptura e convergência. In: A outra voz. Tradução Wladir Dupont. São Paulo: Siciliano, 1993.

LAPLANCHE, Jean. A Sublimação. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

LE BRETON, David. Desaparecer de si. Uma tentação contemporânea. Petrópolis: Vozes, 2018.

RICOEUR, Paul. Vivant jusqu´à la mort. Suivi de Fragments. Paris: Seuil, 2007.

THÉVENAZ, Pierre. La condition de la raison philosophique. Être et Penser, Neuchâtel: Éditions de La Baconnière, 1960.

VASARI, Giorgio. Vida dos Artistas. Tradução de Benedetti, Ivone Castilho. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

WINNICOTT, D.W. La capacité d´être seul. In: De la pédiatrie à la psychanalyse. Paris: Payot, 1969.

Downloads

Publicado

2025-05-28