Religiões afro-brasileiras enquanto objeto de resistência
DOI:
https://doi.org/10.23925/rct.i96.47212Palabras clave:
Resistência, Afro-brasileiro(a), Cultura, Religião.Resumen
O presente artigo visa abordar a resistência afro-brasileira diante do cenário democrático atual, a partir de sua cultura religiosa. Por razões de não existir uma única religião afro-brasileira, senão uma pluralidade de religiões afro-brasileiras, o artigo não visará contemplar cada uma, mas sim, tomar aspectos dessas religiosidades já sintetizados por pesquisas anteriores a fim de entrever a luta por reconhecimento de sua importância na sociedade brasileira. Para tanto, esta análise será feita em duas partes. Em um primeiro momento, buscar-se-á tomar elementos capitais de sua perspectiva de mundo e traçar um itinerário, começando com um pequeno estudo em forma de introdução acerca da história dos africanos e seus descendentes no Brasil, como também, seus grupos étnicos e estrutura social, enfocando em suas bases teóricas – ou seja, mitos e simbologia – acerca das quais se tem cada vez mais buscado sua relação direta com as concepções próprias da África. Depois, em um segundo momento, fundamentado na metodologia de pesquisa do artigo, descrever-se-á os dados atuais do censo, a fim de apresentar as perspectivas e as tendências sobre as práticas afro-brasileiras no cenário político do Brasil.Citas
ALLEN, Amy. The End of Progress: Decolonizing the Normative Foundations of Critical Theory. NewYork: Columbia University Press, 2016.
AMARAL, Rita; SILVA, Vagner Gonçalves da. “Religiões afro-brasileiras e cultura nacional: uma etnografia em hipermídia”. In: Revista Pós Ciências Sociais - São Luís, v. 3, n. 6, Jul/Dez. 2006. http://www.fflch.usp.br/da/vagner/n6_Rita_Amaral.pdf> .
BITTENCOURT, Marcelo. A África antes do comércio Atlântico. In: Adriana Pereira Campos; Gilvan Ventura da Silva (Org.). Brasil / África: Reinos africanos. Curso de Formação em História Afro-Brasileira. Vitória: Neaad / UFES, 2004.
BERKENBROCK, Volney José. A Experiência dos Orixás: Um estudo sobre a experiência religiosa do Candomblé. Petrópolis: Vozes, 1997.
CARVALHO, Alexandre Magno Teixeira de. O conceito de religião popular e as religiões afro-brasileiras: cultura, sincretismo, resistência e singularidade. In: Cadernos de Ciências Humanas - Especiaria. v. 9, n.15, jan./jun., 2006, p. 181-198.
DEL PRIORE, Mary; VENÂNCIO, Renato Pinto. Ancestrais: uma introdução da África Atlântica. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2004.
DO OXUMARÊ, Stela; DO OXOSSI, Ricardo. O homem, os espíritos e o espiritismo. Porto Alegre: Sulina, 1997.
DOS SANTOS, Irineia Maria Franco. Nos Domínios do Exú e Xangô o Axé nunca se quebra: Transformações Históricas em Religiões Afro-brasileiras, São Paulo e Maceió (1970-2000). São Paulo: USP, 2012.
FALCON, Francisco. “O Novo Tempo”. In: FALCON, Francisco; RODRIGUÊS, Antônio Edmilson. A formação do mundo moderno: A construção do ocidente dos séculos XIV ao XVIII. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
FLORENZANO, Modesto. Sobre as Origens e o Desenvolvimento do Estado Moderno no Ocidente. São Paulo: Lua Nova, 2007.
MOURA, Clóvis. Quilombos: Resistência ao escravismo. 3. ed. Belo Horizonte: Ática, 1987.
PIEDADE FILHO, Lúcio De Franciscis dos Reis. “A Devoção na África: A origem das religiões afro-brasileiras”. In: Revista Eletrônica Cadernos de História, vol. VII, ano 4, n.º 1, julho de 2009, p. 61-75. http://www.ichs.ufop.br/cadernosdehistoria/ojs/index.php/cadernosdehistor ia/article/view/67> .
SANTIDRIÁN, Pedro. Dicionário básico das religiões. São Paulo: Aparecida, 1996.
SICRE, José Luis. Introducción al Antiguo Testamento. Navarra: Verbo Divino, 2000.
SKA, Jean Louis. Introdução à Leitura do Pentateuco. Tradução de Aldo Vannucchi. 3..ed. São Paulo: Loyola, 2014.
TEIXEIRA, Faustino; MENESES, Renata. Religiões em movimento: o censo de 2010. Petrópolis: Vozes, 2013.
UELINGER, Christoph. Gênesis 1-11. In: ROEMER, Thomas; MACCHI, Jean-Daniel; NIHAN, Christophe (Orgs.). Antigo Testamento: história, escritura e teologia. Tradução de Gilmar Saint Clair de Ribeiro. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2015.
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Revista de Cultura Teológica
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Os autores concedem à revista todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.