Maria e a dignidade humana
Reflexões sobre mariologia, eclesiologia e antropologia em Agostinho
DOI:
https://doi.org/10.23925/rct.i107.65985Palabras clave:
Mariologia patrística, História da mariologia, Antropologia agostinianaResumen
O patrimônio teológico, antropológico e espiritual que a Patrística oferece sobre Maria, mãe de Jesus, é riquíssimo. A antropologia, enquanto ciência que investiga as origens e características dos seres humanos, direciona também a teologia na perspectiva da compreensão do fundamento da dignidade humana que é inerente à vida cristã. A antropologia teológica elaborada por Agostinho de Hipona sobre Maria encontra-se relacionada com a elaboração dos dogmas cristológicos e trinitários e de seu pensamento sobre a Igreja. O presente trabalho tem por objetivo mostrar como Agostinho utiliza o termo pessoa e dignidade humana, a partir da figura de Maria e sua relação tipológica com a Igreja, dando enfoque ao plano de Salvação em Cristo pela Trindade. Ao longo de suas obras, Agostinho elenca algumas atribuições à Igreja associando-as diversas vezes com a Mãe do Senhor, testemunhando, assim, um pensamento profundamente cristocêntrico e tanto uma mariologia eclesiológica como uma eclesiologia mariológica. Agostinho ressalta a excepcional dignidade de Maria, a única a ser ao mesmo tempo virgem e mãe, não somente pelo espírito, mas também em seu corpo.
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