A TRIPARTIÇÃO PRONOMINAL E O ESTATUTO DAS PROFORMAS CÊ, OCÊ E VOCÊ
Resumo
Este artigo mostra que os argumentos apresentados em Ramos (1997) e Vitral (1996) ao defenderem a proposta de classificação da proforma cê como um clítico não conseguem dar conta do comportamento particular desta proforma no sistema pronominal do português brasileiro. Para resolver o problema, realizo uma reanálise destes argumentos em função da teoria da tripartição pronominal de Cardinaletti e Starke (1999). De acordo com esta perspectiva, as evidências apresentadas pelos autores a favor da cliticização de cê mostram apenas que cê não é um pronome forte. Ao ser identificado como um pronome fraco, pode-se então explicar o contraste entre esta proforma e ocê e você, proformas que possuem uma variedade forte e outra fraca.
Palavras-chave
proformas, clíticos, pronomes fracos, pronomes fortes
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PDFRevista Delta-Documentação e Estudos em Linguística Teórica e Aplicada ISSN 1678-460X