Sobre o conceito falante nativo/falante não-nativo e “World Englishes”: Um debate com K. Rajagopalan
Palavras-chave:
falante nativo, falante não-nativo, nacionalismo, preconceito linguísticoResumo
Numa série de três artigos publicados no Journal of Pragmatics (1995, doravante JP), a finalidade dos trabalhos foi questionar a divisão do inglês falado no mundo, por um lado, em variedades “nativas” (inglês britânico, inglês americano, inglês australiano) e, por outro, em variedades “novas/não-nativas” (inglês indiano, inglês singapuriano, inglês nigeriano). Os artigos publicados no JP são pioneiros por marcarem uma das primeiras interações entre pesquisadores do Oriente com os do Ocidente com respeito ao crescimento e divulgação do referido idioma bem como os papéis que o inglês é destinado a desempenhar por parte do grande número de usuários. A posição privilegiada de prestígio e poder atribuído às variedades do centro interno (EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia) é assim questionada pelos respectivos autores. Rajagopalan acrescenta outra dimensão ao questionamento ao expor a postura racista e discriminatória subjacente às noções “falante nativo” e “falante não-nativo” (doravante, repectivamente NS e NNS). Rajagopalan tem escrito extensivamente sobre o tema de “natividade” ou “naturalidade”; ao longo dos anos, Schmitz também tem elaborado vários trabalhos sobre o mesmo assunto. Existem, no entanto, certas divergências entre os dois autores sobre o assunto em questão. A fi nalidade desta refl exão é interagir num debate respeitoso com o intuito de identifi car uma leitura equivocada por parte de Schmtiz. Ouvir um ao outro e aprender mutuamente são essenciais em todas interações acadêmicas.Downloads
Como Citar
Schmitz, J. R. (2017). Sobre o conceito falante nativo/falante não-nativo e “World Englishes”: Um debate com K. Rajagopalan. DELTA: Documentação E Estudos Em Linguística Teórica E Aplicada, 32(3). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/delta/article/view/32185
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Artigos