Qualquer e o conceito de livre-escolha

Autores

  • Roberta Pires de Oliveira

Palavras-chave:

semântica formal, pressuposição, livre-escolha, indefinidos

Resumo

Este artigo desenvolve a hipótese de Peres (cp) de que sintagmas 'qualquer' não são quantificados, mas indefinidos (Heim 1982). Argumenta-se que há um item 'qualquer' e que as diferenças entre as estruturas 'qualquer N' e 'um N qualquer' devem-se à presença do artigo indefinido 'um'. Comparado ao sintagma-'um', sintagmas-'qualquer' expressam "livre-escolha" que, na análise proposta, é uma pressuposição de alternativas possíveis. Formalmente, ela se deve à presença de 'qual', que necessita, para ser feliz, que um conjunto de alternativas já esteja no fundo compartilhado, e 'quer', que indica contexto modal. Ignorância e indiferença, característicos da livre-escolha, são apreendidos através de diferentes bases modais. Explora-se, na conclusão, algumas conseqüências desta abordagem. O quadro teórico se enquadra na reflexão contemporânea da semântica formal das línguas naturais.

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Publicado

2018-06-11

Como Citar

Oliveira, R. P. de. (2018). Qualquer e o conceito de livre-escolha. DELTA: Documentação E Estudos Em Linguística Teórica E Aplicada, 21(2). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/delta/article/view/37693

Edição

Seção

Artigos