Discurso como arma de guerra: um posicionamento ocidentalista na construção da alteridade

Autores

  • Luiz Paulo da Moita Lopes Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Branca Falabella Fabrício Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Identidade, Ocidentalismo, Pós-Colonialismo, Discurso Midiático

Resumo

O processo de ocidentalização do mundo tem sido compreendido como movimento constituidor da Modernidade em termos de uma tentativa totalizadora de universalizar uma lógica européia. Tal perspectiva produziu uma forma de construção de narrativas imaginárias sobre a alteridade e subjetividades alinhadas ao projeto colonial ocidental. O objetivo do presente trabalho é, partindo de Foucault, da Análise do Discurso Crítica e de teorias pós-coloniais, focalizar as práticas discursivas na mídia e investigar o seu papel na criação e circulação de discursos sobre a identidade e a diferença no cenário contemporâneo depois de 11 de setembro de 2001. Ao analisar um evento comunicativo da imprensa escrita brasileira, um artigo de opinião acerca da guerra recente contra o Iraque, os autores argumentam que identidade e diferença são abordadas através de lentes fundamentalistas, ainda em sintonia com uma perspectiva ocidentalista – justamente em um período no qual os ideais iluministas têm sido amplamente criticados pelo pós-colonialismo. O artigo demonstra como o discurso é utilizado como arma de guerra.

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Publicado

2018-06-18

Como Citar

Lopes, L. P. da M., & Fabrício, B. F. (2018). Discurso como arma de guerra: um posicionamento ocidentalista na construção da alteridade. DELTA: Documentação E Estudos Em Linguística Teórica E Aplicada, 21(3). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/delta/article/view/37837

Edição

Seção

Artigos