OS PRETÉRITOS MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES E IMPERFEITO SOB A ÓTICA DA ICONICIDADE E DA GRAMATICALIZAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.1590/delta.v28i2.8387Palavras-chave:
iconicidade, gramaticalização, pretérito mais-que-perfeito, pretérito imperfeitoResumo
Este artigo propõe-se a demonstrar que os pretéritos mais-que-perfeito simples e imperfeito do subjuntivo são formas que codificam várias funções em Língua Portuguesa. Parte-se da premissa de que não há relação categórica de um-para-um entre função e forma. Apresentamos, inicialmente, o princípio da iconicidade e os princípios de gramaticalização, com o propósito de, ao final deste artigo, mostrar que se aplicam aos dados sob análise. Na sequência, ilustramos a multifuncionalidade do pretérito mais-que-perfeito simples (em perspectiva diacrônica) e do pretérito imperfeito do subjuntivo (em perspectiva sincrônica), considerando-se como motivações para essa multifuncionalidade as categorias Tempo e Modalidade. Os resultados apontam a Modalidade, pela generalização do traço irrealis, como fator que desencadeia mudanças tanto de tempo como de ponto de referência. Os pretéritos sob análise migram de passado com ponto de referência passado ao futuro: o mais-que-perfeito simples passa a codificar projeção futura e o imperfeito do subjuntivo, a codificar situações menos referenciais e menos factuais.Downloads
Publicado
2014-05-12
Como Citar
Back, A. C. D. P., & Coan, M. (2014). OS PRETÉRITOS MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES E IMPERFEITO SOB A ÓTICA DA ICONICIDADE E DA GRAMATICALIZAÇÃO. DELTA: Documentação E Estudos Em Linguística Teórica E Aplicada, 28(2). https://doi.org/10.1590/delta.v28i2.8387
Edição
Seção
Artigos