Condutas de biossegurança em Ambulatório de Fonoaudiologia da Rede SUS

Autores

  • Juliana Nunes Santos Universidade Federal de Minas Gerais
  • Camila Ferreira Fernandes Universidade Federal de Minas Gerais
  • Mariana Paula Gil Universidade Federal de Minas Gerais
  • Mayra Lopes Eugênio Universidade Federal de Minas Gerais
  • Patrícia Cotta Mancini Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Fonoaudiologia, saúde pública, medidas de segurança, controle de infecções, exposição a agentes biológicos.

Resumo

Objetivo: Verificar a adoção das medidas de biossegurança em um Ambulatório de Fonoaudiologia de um hospital escola vinculado à rede SUS, em Belo Horizonte. Métodos: Estudo descritivo transversal de inspeção da adoção de medidas de biossegurança realizado com graduandos de fonoaudiologia. Foram observados 100 atendimentos, escolhidos de modo aleatório, nas cinco grandes áreas da fonoaudiologia: Linguagem, Motricidade Orofacial, Audiologia, Saúde Coletiva e Voz. Na observação utilizou-se um roteiro de inspeção, baseado na NR32 do Ministério do Trabalho, contendo quinze questões referentes à higienização das mãos, uso de equipamentos de proteção individual, descarte adequado do lixo e material infectante e desinfecção de artigos. Foi criado o Índice de Biossegurança a fim de qualificar os aspectos de biossegurança dos serviços. Resultados: Dos estagiários observados, 4% realizaram higienização das mãos antes do atendimento e 11% utilizaram luvas, 96% utilizaram jaleco e o mantiveram abotoado (93%), com utilização de vestimentas adequadas, sapatos fechados (99%), cabelos presos (81%) e unhas cortadas (88%). Em relação à manipulação dos artigos utilizados durante os atendimentos, apenas 25% foram destinados à desinfecção e 29% foram separados entre limpos e sujos. Os índices de biossegurança não diferiram em relação à área de atuação fonoaudiológica. Conclusão: As medidas de biossegurança foram parcialmente adotadas pelos acadêmicos de Fonoaudiologia, o que potencializa o risco de contaminação de profissionais e pacientes. Torna-se necessário um investimento em ações educativas no campo da biossegurança a fim de se criar uma consciência coletiva nos futuros profissionais.

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Biografia do Autor

Juliana Nunes Santos, Universidade Federal de Minas Gerais

Fonoaudióloga, Mestre e Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da UFMG. Professora adjunto do curso de Fonoaudiologia da UFMG>

Camila Ferreira Fernandes, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduação em Fonoaudiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011).

Mariana Paula Gil, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduação em Fonoaudiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011).

Mayra Lopes Eugênio, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Fonoaudiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011) e formação complementar em Canto Erudito pelo Centro de Formação Artística do Palácio das Artes – Fundação Clóvis Salgado (em andamento)

Patrícia Cotta Mancini, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduação em Fonoaudiologia - Faculdades Metodistas Integradas Isabela Hendrix (1996), mestrado em Estudos Lingüísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (2001) e doutorado em Ciências dos Distúrbios da Comunicação Humana pela Universidade Federal de São Paulo (2010), com doutorado-sanduíche na Universidade de Pittsburgh/EUA em 2007/2008. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Fonoaudiologia, com ênfase em Audiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: audiologia clínica e ocupacional, potenciais evocados auditivos, reabilitação vestibular, teste vestibular e biossegurança.

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Publicado

2014-02-22

Como Citar

Santos, J. N., Fernandes, C. F., Gil, M. P., Eugênio, M. L., & Mancini, P. C. (2014). Condutas de biossegurança em Ambulatório de Fonoaudiologia da Rede SUS. Distúrbios Da Comunicação, 26(1). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/12643

Edição

Seção

Artigos