Desempenho lexical em avaliação formal e fala espontânea em crianças com distúrbio específico de linguagem

Autores

  • Fabianna Andrade Barella Fonoaudióloga especialista em Alterações no Desenvolvimento da Linguagem
  • Ana Manhani Cáceres-Assenço Fonoaudióloga Assistente do Curso de Fonoaudiologia da FMUSP. Doutoranda em Comunicação Humana pelo programa de pós-graduação em Ciências da Reabilitação
  • Amalia Rodrigues Fonoaudióloga Doutora em Linguística Geral pela USP. Professor Instrutor no Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
  • Debora Maria Befi-Lopes Curso de Fonoaudiologia, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo – USP – São Paulo (SP), Brasil.

Palavras-chave:

Criança, Linguagem, Vocabulário, Desenvolvimento da Linguagem, Transtornos do Desenvolvimento da Linguagem.

Resumo

Introdução: O prejuízo lexical costuma ser um dos primeiros sinais observados em crianças com alteração de linguagem, e o desempenho no vocabulário expressivo tem sido apontado como uma medida importante no desenvolvimento da linguagem. Objetivo: Verificar qual a relação entre a porcentagem de designações por vocábulo usual (DVU) em avaliação formal e o uso de substantivos em fala espontânea por crianças com distúrbio específico de linguagem (DEL). Método: Foi realizado o levantamento dos prontuários de 30 sujeitos com idade entre 4 e 5 anos, de ambos os gêneros, diagnosticados com DEL e em terapia fonoaudiológica por pelo menos 1 ano. Para o uso de substantivos em prova formal foi coletada a porcentagem de designações verbais usuais obtidas no vocabulário expressivo, e para tal uso em fala espontânea foram considerados o número total e a diversidade de substantivos produzidos pela criança durante a avaliação da pragmática. Resultados: Houve um aumento contínuo apenas na média DVU em prova formal, mas o mesmo não ocorreu em fala espontânea. Além disso, não houve correlação entre o DVU e o total ou a diversidade de substantivos usados em fala espontânea. Conclusão: A relação entre o desempenho lexical em prova formal e em fala espontânea não é direta, o que significa que a melhora no reconhecimento de itens em tarefas isoladas não necessariamente implica em melhor uso em situação de comunicação real. Portanto, é importante que a avaliação de linguagem seja baseada também na análise criteriosa da fala espontânea de crianças com alteração de linguagem.

 

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Publicado

2014-12-10

Como Citar

Barella, F. A., Cáceres-Assenço, A. M., Rodrigues, A., & Befi-Lopes, D. M. (2014). Desempenho lexical em avaliação formal e fala espontânea em crianças com distúrbio específico de linguagem. Distúrbios Da Comunicação, 26(4). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/19026

Edição

Seção

Artigos