A inscrição da escrita na criança: relação do sujeito com as rasuras em textos copiados
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2020v32i2p181-195Palavras-chave:
Linguagem, Criança, Linguística, FonoaudiologiaResumo
Introdução: Este estudo pretende discutir o funcionamento das rasuras e sua relação com a criança em processo de aquisição da escrita, visto que estas são marcas de um conflito entre o sujeito e a linguagem. A reflexão é sustentada pela perspectiva Interacionista em aquisição de linguagem, proposta por Cláudia De Lemos, com aproximações à Clínica de Linguagem. Objetivo: Apresentar e discutir as rasuras nos textos escritos por duas crianças que possuem dificuldades no processo de aquisição da escrita. Métodos: O estudo segue uma diretriz qualitativa e busca metodologicamente investigar a escrita do ponto de vista linguístico e subjetivo. Os dados para análise são textos e filmagens de duas crianças, coletados em um grupo que envolvia leitura de histórias e escrita. Esse grupo foi organizado e direcionado sem fins terapêuticos pela pesquisadora que é também fonoaudióloga. Resultados: Alguns textos apontam para um aprisionamento ao texto original, havendo uma insatisfação e estranhamento pelo efeito de não apresentar o texto igual, assim como pelo efeito da escuta/leitura imaginária afetada pelo discurso escolar. Por outro lado, há textos em que o estranhamento se refere ao imaginário de uma posição na linguagem, tomando uma posição de escuta/leitura em que o sujeito é cindido entre fala/escrita (operação simbólica e inconsciente) e escuta/leitura. Conclusão: Os movimentos são subjetivos e dizem de uma relação do sujeito com a escrita, possibilitando a discussão do que envolve a criança quando rasura e repete o texto do outro.
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