Diagnóstico diferencial: perda auditiva ou transtorno do espectro do autismo
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2020v32i4p574-586Palavras-chave:
Diagnóstico diferencial, Perda auditiva, Transtorno do Espectro AutistaResumo
Introdução: a perda auditiva (PA) caracteriza-se por uma alteração no sistema auditivo, com diminuição da audição e o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é definido como uma alteração de desenvolvimento e do comportamento. Muitos sintomas da PA e do TEA se sobrepõem, requerendo um diagnóstico diferencial. Objetivo: determinar as características do atendimento em um Serviço Ambulatorial de Saúde Auditiva (SASA) para diagnóstico diferencial de deficiência auditiva em crianças de zero a 12 anos de idade, com suspeita ou confirmação de TEA. Metodologia: pesquisa quantitativa documental transversal em banco de dados com 94 registros de crianças de zero a 12 anos, com suspeita ou confirmação de TEA. A análise estatística foi descritiva com teste de comparação entre duas proporções (α < 5%). Resultados: dos 94 registros, 36 tinham a confirmação de TEA e 58, a suspeita deste. Houve prevalência do sexo masculino e da faixa etária de três a quatro anos. Observou-se forte tendência de crianças com TEA suspeito apresentarem audição dentro dos padrões da normalidade, enquanto que as com TEA confirmado tiveram forte tendência para ocorrência de PA condutiva. Na avaliação eletrofisiológica foram observadas alterações não compatíveis com PA coclear em alguns casos de TEA confirmado, sendo que nos atrasos de linguagem associados a outras alterações na função comunicativa houve forte tendência para alterações no PEATE não compatíveis com PA coclear. Conclusões: deve-se ter atenção, durante os atendimentos audiológicos infantis, para os resultados da avaliação eletrofisiológica, que associada à história clínica pode despertar a suspeita de TEA.
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Copyright (c) 2020 Gabriele Selli, Ana Carolina Steiner Stupp, Débora Frizzo Pagnossim, Cristina Maria Pozzi, Vanessa Maria de Assis Pessin
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