Ferramenta de apoio aos pais para orientação sobre saúde vocal infantil:
a construção de um curso em um ambiente virtual de aprendizagem
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2021v33i3p571-582Palavras-chave:
Voz, Disfonia, Criança, Pré-escolar, Educação a Distância, Promoção da SaúdeResumo
Introdução: O ambiente virtual é um grande difusor do conhecimento e pode ser um aliado na complementação da terapia fonoaudiológica, como, por exemplo, na educação em saúde vocal. Diante das adversidades contemporâneas associadas à regulamentação da telefonoaudiologia, a disponibilização de materiais de apoio para a terapia fonoaudiológica, virtual ou híbrida, tornou-se urgente. Portanto, este estudo teve por objetivo apresentar o processo de elaboração de um curso sobre saúde vocal infantil, em um ambiente virtual de aprendizagem, para pais de crianças com queixas vocais. Descrição: O curso foi elaborado na Plataforma Moodle e contou com a parceria de um programador e analista de sistemas. O conteúdo foi desenvolvido com base na literatura sobre o tema e organizado em cinco módulos, com fóruns, estratégias de gamificação, vídeos, videoaulas, textos, figuras e questionários, com carga horária de oito horas. A proposta do curso foi avaliada em três etapas, por quatro juízes especialistas e dois leigos, considerando os parâmetros: design; organização; conteúdo; abordagem e tempo para realização. De acordo com a avaliação geral dos juízes, o curso apresentou design atrativo para o leitor, organizado e de fácil entendimento; conteúdo adequado para o público-alvo; instruções de fácil compreensão, suficientes e organizadas; tempo suficiente e ideal para a realização do curso. Considerações Finais: O processo de elaboração de um curso exige etapas importantes de levantamento de literatura e de avaliação. Esta proposta de curso virtual para pais de crianças com queixas ou distúrbios vocais foi avaliada positivamente.
Downloads
Metrics
Referências
Pascotini FS, Ribeiro VV, Haeffner SBL, Cielo CA. Percepção dos pais acerca do comportamento e características vocais de crianças. Distúrbios Comun. 2015 Jun; 27(2): 281-7.
Lee JM, Roy N, Dietrich M. Personality, Psychological Factors, and Behavioral Tendencies in Children With Vocal Nodules: A Systematic Review. J Voice. 2019; 33(6): 945.e1-945.e18.
Krohling LL, Paula KMP, Behlau M. Curva ROC do Protocolo Qualidade de Vida em Voz Pediátrico (QVV-P). CoDAS. 2016; 28(3): 311-3.
Souza BO, Nunes RB, Friche AAL, Gama ACC. Análise da qualidade de vida relacionada à voz na população infantil. CoDAS. 2017; 29(2): 1-6.
Lima L, Behlau M. Emotional/behavioral indicators in children and adolescents with and without vocal problems: self-evaluation and parental evaluation. J Voice. In press 2020 Jan.
Gasparini G, Azevedo R, Behlau M. Experiência na elaboração de estórias com abordagem cognitiva para tratamento de disfonia infantil. Rev. Ciênc. Méd. Biol. 2004; 3(1): 82-8.
Lu D, Yiu EML, Pu D, Yang H, Ma EPM. Parental knowledge, attitudes, and practices about vocal hygiene for their children in Chengdu, a city from China. Medicine. 2019; 98(16): 1-9.
Krohling LL, Paula KMP, Behlau M. Behavior, social competence, and voice disorders in childhood and adolescence. J Voice. 2016; 30(6): p. 677-683.
Doruk C, Enver N, Caytemel B, Azezli E, Basaran B. Readibility, Understandability, and Quality of Online Education Materials for Vocal Fold Nodules. J Voice. 2020; 34(2): 302.e15-302.e20.
Oliveira IB, Fernandez ES, Gargantini EP, Bordin SC. Análise de estórias clássicas infantis como recurso motivacional na terapia vocal. Distúrbios Comun. 2015 Jun; 27(2): 318-332.
Stadler ST. Autopercepção vocal de crianças disfônicas: o desenho como ferramenta de análise. Distúrbios Comun. 2015; 27(3): 487-494.
Braden MN, van Leer E. Effect of MP4 Therapy Videos on Adherence to Voice Therapy Home Practice in Children With Dysphonia. J Voice. 2017; 31(1): 114e.17-114e.23.
Dias MR, Cruz CV, Carvalho AR. “Barnabé e sua aventura”: Um projeto de educação para a saúde em disfonia infantil. Distúrbios Comun. 2015 Jun; 27(2): 293-300.
Dias MR, Oliveira AMR, Bastos ACMM. Da garganta vem a voz: um projeto de educação para a saúde. Distúrbios Comun. 2015 Mar; 27(1): 182-191.
Dias MR, Pedrosa CS. “King Archie, who was quite grouchy” – A vocal dysphonia health education project. Rev. CEFAC. 2013 Jan-Fev; 15(1): 172-8.
Kenski VM. Tecnologias e ensino presencial e a distância: série prática pedagógica. 2. ed. Campinas: Papirus, 2004.
Silva AN, Santos AMG, Cortez EA, Cordeiro BC. Limites e possibilidades do ensino à distância (EaD) na educação permanente em saúde: revisão integrativa. Ciênc. Saúde Coletiva. 2015; 20(4): 1099-1107.
Doarn CR, Zacharias S, Keck CS, Tabangin M, DeAlarcon A, Kelchner L. Design and Implementation of na Interactive Website for Pediatric Voice Therapy-The Concept of In-Between Care: A Telehealth Model. Telemed J E Health. 2019; 25(5): 415-422.
Projeto Homem Virtual. Voz: fonoaudiologia e medicina [CD-ROM]. 1. ed. São Paulo: FOB-USP/UNIFESP/FM-USP; 2006.
Projeto Homem Virtual. Voz: fonoaudiologia e medicina [CD-ROM]. 2. ed. São Paulo: FOB-USP/UNIFESP/FM-USP; 2007.
Costa TL, Souza OMV, Carneiro HA, Chiquito Netto C, Pegoraro-Krook MI, Dutka JCR. Material multimídia para orientação dos cuidadores de bebês com fissura labiopalatina sobre velofaringe e palatoplastia primária. CoDAS 2016; 28(1): 10-6.
Corrêa CC, Martins A, Pardo-Fanton CS, Silva ASC, Barros GTT, Wen CL et al. Ações de teleducação interativa em saúde vocal baseadas na dinâmica do projeto jovem doutor. Distúrbios Comun. 2012 Dez; 24(3): 359-368.
Conselho Federal de Fonoaudiologia. Resolução CFFA N° 580, de 20 de agosto de 2020. Dispõe sobre a regulamentação da Telefonoaudiologia e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília (2020 ago 25); Sec. 1:4.
De Domenico EBL, Cohrs CR. Plataforma Moodle na construção do conhecimento em Terapia Intensiva: estudo experimental. Acta Paul. Enferm. 2016; 29(4): 381-9.
Paixão CLB, Silvério KCA, Berberian AP, Mourão LF, Marques JM. Disfonia infantil: hábitos prejudiciais dos pais interferem na saúde vocal de seus filhos? Rev. CEFAC. 2012 Jul-Ago; 14(4): 705-713.
Martins LB, Zerbini T. Evidências de validade de instrumentos de reações no ensino superior à distância. Estud. Pesqui. Psicol. 2015; 15(1): 116-134.
Montiel JM., Affonso SAB, Rodrigues SJ, Quinelato E. Considerações a respeito do autogerenciamento da aprendizagem em estudantes de educação a distância. Psicol. Rev. 2016 Dez; 21(3): 464-478.
Lopes L, Moreti F, Ribeiro LL, Pereira EC. Fundamentos e Atualidades em Voz Clínica. 1. ed. Rio de Janeiro: Thieme Revinter Publicações; 2019.
SBFa – Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia [website]. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia [acesso em 2020 out 19]. Disponível em: https://www.sbfa.org.br/campanhadavoz/.
Teixeira LC. Tutorial de Voz Infantil [website]. São Paulo; c2013 [acesso em 2020 out 19]. Disponível em: https://www.medicina.ufmg.br/observavoz/sala-de-aula/tutorial-de-voz-infantil/.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Amanda Gabriela de Oliveira, Eliana Maria Gradim Fabbron
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
