Telefonoaudiologia
uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2022v34i2e54039Palavras-chave:
Telemedicina, Telemonitoramento, Fonoaudiologia, RevisãoResumo
Introdução: A pandemia do Coronavírus trouxe a necessidade do distanciamento social. A partir dessa nova realidade, o Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) recomendou o uso da telefonoaudiologia para permitir a continuidade do atendimento fonoaudiológico. Embora a telefonoaudiologia não seja uma prática inédita, dúvidas quanto à sua utilização e eficácia, quando comparada ao atendimento presencial, ainda permeia a prática clínica. Objetivo: realizar uma revisão integrativa da literatura sobre a eficácia da telefonoaudiologia comparada ao atendimento presencial. Métodos: foi realizada uma revisão integrativa da literatura cientifica, sem restrição de idioma e tempo, nas bases de dados: Pubmed, Web of Science, Science Direct, Cochrane e Google Scholar. Resultados: vinte e um artigos foram selecionados. A unanimidade dos artigos demostrou que não houve diferença estatística significante entre as configurações. Nos estudos com foco na avaliação, os métodos de teste (presencial X teleavaliação) foram altamente correlacionados e com alta confiabilidade inter examinador. Nos artigos com foco na terapia, em ambas as configurações de tratamento, houve melhora significativa dos parâmetros avaliados. Os artigos que realizaram pesquisa de satisfação na modalidade de telefonoaudiologia, em quase a totalidade dos estudos, os pacientes e/ou responsáveis relataram moderada a alta satisfação e indicaram disposição de participar novamente de avaliação e/ou terapia na configuração de atendimento remoto. Conclusão: a literatura atual em telefonoaudiologia sugere o uso do atendimento remoto e demonstra a não inferioridade deste quando comparado ao atendimento presencial. Porém, a maioria desses estudos apresenta baixa evidência cientifica.
Downloads
Metrics
Referências
Diretrizes de boas práticas em telefonoaudiologia [recurso eletrônico] / organizadoras Andréa Cintra Lopes, Carmen Barreira-Nielsen, Deborah V. Ferrari, Patricia Danieli Campos, Silvia Maria Ramos. 2020 [acesso em 10 de abril de 2022]. Disponível em Conselho Federal de Fonoaudiologia, Bauru: Faculdade de Odontologia de Bauru. Universidade de São Paulo; Brasília 2020. v. 1, 95 p. : il.
Conselho Regional de Fonoaudiologia 1ª Região. CFFa divulga nova recomendação sobre teleatendimento em fonoaudiologia. CREFONO1(oline)[ periódico na internet]. 2020 [acesso em 17 de março de 200]. Disponível em: CFFa divulga nova recomendação sobre Teleatendimento em Fonoaudiologia – CREFONO1 – Conselho Regional de Fonoaudiologia da 1ª Região.
Conselho Federal de Fonoaudiologia. Resolução CFFa nº 580, de 20 de agosto de 2020, sobre telefonoaudiologia. Diário Oficial (oline) [periódico na internet]. 2020 [acesso em 17 de março de 2021]; 163(1): 131. Disponivel em: RESOLUÇÃO CFFa Nº 580, de 20 de agosto de 2020 - RESOLUÇÃO CFFa Nº 580, de 20 de agosto de 2020 - DOU - Imprensa Nacional (in.gov.br).
American Speech and Hearing Association. Telepractice. (oline) [periódico da internet]. 2020 [acesso em 17 de março de 200]. Disponível em: Disponível: https://www.asha.org/practice-portal/professional-issues/telepractice/.
Keck CS, Doarn CR. Telehealth technology applications in speech-language pathology. Telemedicine and e-Health. 2014; 20(7): 653-659. DOI: 10.1089/tmj.2013.0295.
Nilson LG, Maeyama MA, Dolny LL, Boing AF, Calvo MCM. Telessaúde: da implantação ao entendimento como tecnologia social. Revista Brasileira de Tecnologias Sociais. 2018; 5(1): 33-47. DOI:10.14210/rbts.v5n1.p33-47
Dias AE, Limongi JCP, Barbosa ER, Hsing WT. Voice telerehabilitation in Parkinson’s disease. CoDAS. 2016; 28(2): 176-181. DOI:10.1590/2317-1782/20162015161
Molini-Avejonas DR, Melo SR, Amato CALA, Samelli AG. A systematic review of the use of telehealth in speech, language and hearing sciences. Journal of telemedicine and telecare. 2015; 21(7): 367-376. DOI: 10.1177/1357633X15583215
Keck CS, Doarn CR. Telehealth technology applications in speech-language pathology. Telemedicine and e-Health. 2014; 20(7): 653-659. DOI: 10.1089/tmj.2013.0295
Burns CL, Kularatna S, Ward EC, Hill AJ, Byrnes J et al. Cost analysis of a speech pathology synchronous telepractice service for patients with head and neck cancer. Head & neck. 2017; 39(12): 2470-2480. DOI: 10.1002/hed.24916
Georgeadis A, Brennan D, Barker L, Baren C. Telerehabilitation and its effect on story retelling by adults with neurogenic communication disorders. Aphasiology. 2004; 18(5-7): 639-652. DOI: 10.1080/02687030444000075
Dekhtyar M, Braun E, Billot A, Foo L, Kiran S. Videoconference Administration of the Western Aphasia Battery–Revised: Feasibility and Validity. American journal of speech-language pathology. 2020; 29(2): 673-687. DOI: 10.1044/2019_AJSLP-19-00023
Whitehead E, Dorfman V, Tremper G, Kramer A, Singler A, Gosman A. Telemedicine as a means of effective speech evaluation for cleft palate patients. Annals of plastic surgery. 2012; 68(4): 415-417. DOI: 10.1097/SAP.0b013e31823b6897
Brennan DM, Georgeadis AC, Baron CR, Karker LM. The effect of videoconference-based telerehabilitation on story retelling performance by brain-injured subjects and its implications for remote speech-language therapy. Telemedicine Journal & e-Health. 2004; 10(2): 147-154. DOI: 10.1089/tmj.2004.10.147
Hill AJ, Theodoros DG, Russell TG, Ward E. The redesign and re-evaluation of an internet-based telerehabilitation system for the assessment of dysarthria in adults. Telemedicine and e-Health. 2009; 15(9): 840-850. DOI: 10.1089/tmj.2009.0015
Sharma S, Ward EC, Burns C, Theodoros DG, Russell TG. Assessing swallowing disorders online: a pilot telerehabilitation study. Telemedicine and e-Health. 2011; 17(9): 688-695. DOI: 10.1089/tmj.2011.0034
Morrell K, Hyers M, Stuchiner T, Lucas L, Schwartz K, Mako J et al. Telehealth stroke dysphagia evaluation is safe and effective. Cerebrovascular Diseases. 2017; 44(3-4): 225-231. DOI: 10.1159/000478107
Ward EC, Burns C, Theodoros DG, Russell TG. Impact of dysphagia severity on clinical decision making via telerehabilitation. Telemedicine and e-Health. 2014; 20(4): 296-303. DOI: 10.1089/tmj.2013.0198
Sutherland R, Trembalh D, Hodge A, Drevensek S, Lee S, Silove N et al. Telehealth language assessments using consumer grade equipment in rural and urban settings: Feasible, reliable and well tolerated. Journal of Telemedicine and Telecare. 2017; 23(1): 106-115. DOI: 10.1177/1357633X15623921
Hill AJ, Theodoros DG, Russell TG, Ward EC. Using telerehabilitation to assess apraxia of speech in adults. International Journal of Language & Communication Disorders. 2009; 44(5): 731-747. DOI: 10.1080/13682820802350537
Ward EC, Sharma S, Burns C, Theodoros DG, Russell TG. Validity of conducting clinical dysphagia assessments for patients with normal to mild cognitive impairment via telerehabilitation. Dysphagia. 2012; 27(4): 460-472, 2012. DOI: 10.1007/s00455-011-9390-9
Rangarathnam B, McCullough GH, Pickett H, Zraick RI, Tulunay-Ugur O, McCullough KC. Telepractice versus in-person delivery of voice therapy for primary muscle tension dysphonia. American Journal of Speech-Language Pathology. 2015; 24(3): 386-399. DOI: 10.1044/2015_AJSLP-14-0017
Meltzer JA, Baird AJ, Steele RD, Harvey SJ. Computer-based treatment of poststroke language disorders: a non-inferiority study of telerehabilitation compared to in-person service delivery. Aphasiology. 2018; 32(3): 290-311. DOI: 10.1080/02687038.2017.1355440
Carey B, O’Brian S, Onslow M, Block S, Jones M, Packman A. Randomized controlled non-inferiority trial of a telehealth treatment for chronic stuttering: The Camperdown Program. International journal of language & communication disorders. 2010; 45(1): 108-120. DOI: 10.3109/13682820902763944
Agostini M, Garzon M, Benavides-Varela S, De Pellegrin S, Bencini G, Rossi G, et al. Telerehabilitation in poststroke anomia. BioMed research international. 2014; 1(1): 1-6. DOI: 10.1155/2014/706909
Grogan-Johnson S, Schmidt AM, Schenker J, Alvares R, Rowan LE, Taylor JA. comparison of speech sound intervention delivered by telepractice and side-by-side service delivery models. Communication Disorders Quarterly. 2013; 34(4): 210-220. DOI: 10.1177/1525740113484965
Grogan-Johnson S, Alvares R, Rowan L, Creaghead N. A pilot study comparing the effectiveness of speech language therapy provided by telemedicine with conventional on-site therapy. Journal of Telemedicine and Telecare. 2010; 16(3):134-139. DOI: 10.1258/jtt.2009.090608
Mashima PA, Birkmire-Peters DP, Syms MJ, Holtel MR, Burgess LP, Peters LJ. Telehealth: Voice Therapy Using Telecommunications Technology. American Journal of Speech-Language Pathology. 2003; 12(4): 432-439. DOI: 10.1044/1058-0360(2003/089)
Dial HR, Hinshelwood HA, Grasso SM, Hubbard HI, Gorno-Tempini ML, Henry, ML. Investigating the utility of teletherapy in individuals with primary progressive aphasia. Clinical interventions in aging. 2019; 14: 453-471. DOI: 10.2147/CIA.S178878
Grogan-Johnson S, Gabel RM, Taylor J, Rowan LE, Alvares R, Schenker J. A pilot exploration of speech sound disorder intervention delivered by telehealth to school–age children. International journal of telerehabilitation. 2011; 3(1):31-42. DOI: 10.5195/ijt.2011.6064
Havenga E, Swanepoel DW, Le Roux T, Schmid B. Tele-intervention for children with hearing loss: A comparative pilot study. Journal of telemedicine and telecare. 2017; 23(1): 116-125. DOI: 10.1177/1357633X15617886
Hill A, Theodoros DG. Research into telehealth applications in speech-language pathology. Journal of Telemedicine and Telecare. 2002; 8(4): 187-196. DOI: 10.1258/135763302320272158
Oliveira MAP, Parente RCM. Entendendo ensaios clínicos randomizados. Brazilian Journal of Videoendoscopic Surgery. 2010; 3(4): 176-180.
Weidner K, Lowman J. Telepractice for adult speech-language pathology services: a systematic review. Perspectives of the ASHA Special Interest Groups. 2020; 5(1): 326-338. DOI: 10.1044/2019_PERSP-19-00146
Dramos LMM, Santos AF, Pereira FH. Avaliação da Satisfação dos Agentes Comunitários de Saúde em Atividade de Educação à distância. J Bras Tele. 2018; 5(2): 279-290.
Burns CL, Kularatna S, Ward EC, Hill AJ, Byrnes J, Kenny LM. Cost analysis of a speech pathology synchronous telepractice service for patients with head and neck cancer. Head & neck. 2017; 39(12): 2470-2480. DOI: 10.1002/hed.24916
Cherney LR, Van VS. Telerehabilitation, virtual therapists, and acquired neurologic speech and language disorders. In: Seminars in speech and language. NIH Public Access. 2012; 33(3): 243-57. DOI: 10.1055/s-0032-1320044
Fong R, Tsai CF, Yiu OY. The implementation of telepractice in speech language pathology in Hong Kong during the COVID-19 pandemic. Telemedicine and e-Health. 2021; 27(1): 30-38. DOI: 10.1089/tmj.2020.0223
Iam CO, Carvalho AFL, Carvalho VD. Fragilidades e potencialidades do trabalho fonoaudiológico em ambiente virtual em tempo de pandemia de Covid-19 (SARS-CoV-2). Revista de Ciências Médicas e Biológicas. 2020; 19(4): 553-559. DOI: 10.9771/cmbio.v19i4.42705
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Tatiane Costa Carneiro, João Sigefredo Arruda, Fabíola Andrea Andrade dos Santos, Brenda Lima Araujo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
