Distúrbio de voz e qualidade de vida em professores
um estudo caso-controle
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2022v34i2e54095Palavras-chave:
Distúrbios da Voz, Docentes, Qualidade de Vida, Condições de Trabalho, Epidemiologia, Saúde do TrabalhadorResumo
Introdução: percepção do indivíduo sobre sua voz e impactos no cotidiano tem sido objeto de estudos que buscam a relação entre qualidade de vida e bem-estar. Objetivo: analisar a relação entre qualidade de vida e presença de distúrbio de voz em docentes da rede municipal de São Paulo. Método: estudo do tipo caso-controle, pareado por escola, com 272 professoras da rede municipal de ensino de São Paulo (167 casos e 105 controles), responderam questionários Condição de Produção Vocal-Professor e World Health Organization Quality of Life/bref, avaliados fonoaudiológica e otorrinolaringológicamente. Foi realizado teste de associação de Qui-quadrado para análise entre a presença de distúrbio de voz e os domínios do WHOQOL/bref. e modelos de regressão logística para calcular a Razão de Chances bruta e ajustada para avaliar riscos em relação às variáveis independentes de interesse. Resultados: os grupos mostraram-se semelhantes quanto a dados sociodemográficos, situação funcional, ambiente e organização de trabalho, e diferentes na autorreferencia a sintomas vocais, confirmando a natureza de estudo caso-controle. Na análise descritiva de cada um dos domínios do WHOQOL/bref, o referente ao meio ambiente apresentou pior média, seguido pelo físico, psicológico e relações sociais. O domínio físico apresentou significância estatística se comparado aos outros domínios, seguido pelo psicológico e do meio ambiente. Não houve diferença significativa sobre as relações sociais. Conclusão: houve associação entre presença de distúrbio de voz e comprometimento do domínio físico da qualidade de vida, havendo um aumento de chances de quase três vezes de quem tem distúrbio vocal apresentar baixos escores no referido domínio.
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