Contribuição do potencial evocado auditivo de estado estável na escolha do implante coclear ou aparelho de amplificação sonora em crianças com perda auditiva
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i1e56757Palavras-chave:
Potenciais evocados auditivos, Perda auditiva, Criança, AudiçãoResumo
Introdução: A deficiência auditiva em crianças prejudica a aquisição e o desenvolvimento da linguagem oral, o que pode ser minimizado com o diagnóstico e a confirmação da surdez nos primeiros meses de vida. O Potencial Evocado auditivo de estado estável (PEAEE) destaca-se diante dos demais potenciais evocados auditivos devido à facilidade de registro, à objetividade das respostas, à estimulação de várias frequências simultaneamente, em ambas as orelhas, além da identificação da audição residual. Objetivo: Verificar a contribuição do PEAEE na definição terapêutica (escolha do implante coclear ou aparelho de amplificação sonora) para a reabilitação auditiva de crianças. Método: Foram analisados os registros de 20 crianças de um mês a três anos de idade com perda auditiva neurossensorial de grau severo ou profundo bilateral e que foram submetidas ao PEAEE e ao potencial evocado auditivo de tronco encefálico frequência específica (PEATE-FE). Ambos realizados nas frequências de 500 Hz e 2000 Hz no equipamento Smart-EP Intelligent Hearing Systems®. Resultados: Houve diferença entre os exames quanto à ocorrência de resíduo auditivo, pois, um número significativo de indivíduos apresentou respostas ausentes no PEATE-FE e respostas presentes no PEAEE. Não ocorreu associação entre a presença de resíduo auditivo, o grau da perda e a idade da criança com o tipo de intervenção terapêutica. Conclusão: A presença de resíduo auditivo, a classificação do grau da perda e a idade da criança não influenciaram na conduta terapêutica final.
Downloads
Metrics
Referências
Linares AE, Costa Filho AO, Martinez MA. Auditory steady state response in pediatric audiology. Braz J Otorhinolaryngol.2010; 76 (6) :723-8.
Joint Committee on Infant Hearing. Year 2007. Position Statament: principles and guidelines for early Hearing detection and intervention programs. Pediatrics, 2007; 20(4): 898-921.
Ribeiro LS. Achados do potencial auditivo de estado estável na neuropatia auditiva: Revisão sistemática. [dissertação]. Universidade Federal de Sergipe; 2019.
Chou Y-F, Chen P-R, Yu S-H, Wen Y-H, Wu H-P. Using multi-stimulus auditory steady-steate l.2012; 269 (1): 73-9.
Lima et al. O implante coclear em crianças com surdez pré-lingual: revisão de literatura. Research, Society and Development, v. 10, n. 16, e223101623852, 2021. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23852.
Oliveira, LC. Caracterização dos limiares dos potenciais evocados auditivos de estado estável nos primeiros seis meses de vida [dissertação]. Faculdade de Odontologia de Bauru Universidade de São Paulo; 2012.
Ramos et al. Evaluation of residual Hearing in cochlear implants candidates using auditory steady-steate response. Acta Oto-Laryngologica.2015; 135: 246-253.
Usami et al. Hearing preservation and clinical outcome of 32 consecutive electric acoustic stimulation (EAS) surgeries. Acta Oto-Laryngologica.2014; 134(7): 717-27.
Carnaúba ATL. Desenvolvimento e padronização de um estímulo verbal utilizado para evocar potenciais auditivos de estado estável. [tese]. Universidade Federal de Alagoas; 2018.
Stapells DR. Auditory brainstem response assessment of infants and children. Seminars in Hearing.1989. Vol.10; n3; 229-251.
Luiz CBL, Garcia MV, Azevedo MF. Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável em crianças e adolescentes. CoDAS. 2016; 28(3): 199-204.
Van Maanen A, Stapells DR. Normal Multiple Auditory Steady-State Response Thresholds to Air-Conducted Stimuli in Infants. J AmAcadAudiol. 2009; 20: 196–207.
Field A. Discovering Statistics Using IBM SPSS Statistics. 5th ed. 2017; California: SAGE Publications. 1070 p.
Northern JL, Downs MP. Hearing in children. 3rd ed. Baltimore: Williams e Wilkens; 2002.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de atenção especializada e temática. Coordenação Geral de Média e Alta Complexidade. Diretrizes Gerais para Atenção Especializada às Pessoas com Deficiência Auditiva no Sistema Único de Saúde; Brasília, 2014. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_gerais_atencao_especializada_pessoas_deficiencia_auditiva_SUS.pdf
Sousa et al. Longitudinal Comparison of Auditory Steady-State Evoked Potentials in Preterm and Term Infants: The Maturation Process. Int Arch Otorhinolaryngol.2017; 21: 200–205.
Pinto MM et al. Idade no diagnóstico e no início da intervenção de crianças deficientes auditivas em um serviço público de saúde auditiva brasileiro. Arq. Int. Otorrinolaringol. 2012; 16(1): 44-49.
Lewis DR, Marone SAM, Mendes BCA, Cruz OLM, Nóbrega M. Comitê multiprofissional em saúde auditiva – COMUSA. Braz J Otorhinolaryngol. 2010; 76(1): 121-8.
Pinto DG. Respostas auditivas de estado estável em crianças de 6 a 48 meses [tese]. Recife: Universidade Federal de Pernambuco; 2016.
Nikolopoulos TP, Vlastarakos PV. Treating options for deaf children; Early Human Development; 2010; (86) 669–674.
Leifer et al. Comparison of auditory evoked potentials of steady-state and potentials evoked by auditory brainstem response in infants with specific frequency hearing loss. int. arch. otorhinolaryngol. 2012; 16 (suppl. 1):26
Rodrigues GI. Potenciais evocados auditivos de estado estável em crianças com perda auditiva neurossensorial [dissertação]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; 2009.
Speri MRB. A criança com deficiência auditiva: da suspeita ao processo de reabilitação fonoaudiológica. 2013; Revista Verba Volant; vol.4 nº1; jan-jun.
Cavanaugh MCV. Intervenção precoce na deficiência auditiva: repercussões no desenvolvimento de habilidades auditivas, percepção e produção de fala [tese]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; 2014.
Ferreira et al. A surdez neurossensorial na criança: adaptação protética versus implante coclear. 2012; Rev. Portuguesa de otorrinolaringologia e cirurgia cérvico-facial; vol. 50 nº4; dezembro.
Tarawneh HY et al. Comparison of Auditory Steady-State Responses with Conventional Audiometry in Older Adults. Front. Neurol. 13:924096. doi: 10.3389/fneur.2022.924096.
Stapellset al. Current status of the auditory steady state responses for estimating an infant’s audiogram. In Seewald, RC; Bandford J (Eds). A sound foundation through early amplfiication. Chicaco: Fhonak, 2005. P. 43-59.
Silva DPC, Ribeiro GE, Montovani JC. Resultado do PEATE e resposta auditiva de estado estável em lactentes com e sem falha na TANU. Distúrb. Comum, São Paulo, 33 (2): 339-348, junho; 2021.
Almeida GFL. Implante coclear bilateral sequencial: Resultados em crianças e adolescentes. [dissertação] São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Gabriela Regina Sampaio, Elaine Colombo Sousa, Marisa Frasson Azevedo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.