Percepções dos pais acerca da participação e comunicação de seus filhos com paralisia cerebral não oralizados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2022v34i4e58425

Palavras-chave:

Crianças com Deficiência, Paralisia Cerebral, Desenvolvimento da Linguagem, Barreiras de Comunicação, Auxiliares de Comunicação para Pessoas com Deficiência, Inclusão Social

Resumo

Introdução: O conhecimento das percepções de familiares acerca da participação e comunicação de seus filhos com PC (Paralisia Cerebral) não oralizados contribui com processos educacionais e terapêuticos centrados na pessoa e na família. Objetivo: Conhecer aspectos da participação e comunicação de crianças e adolescentes com PC não oralizados, bem como fatores que favorecem ou dificultam o uso da CSA (Comunicação Suplementar e/ou Alternativa) no ambiente familiar e na escola. Método: Estudo descritivo e transversal de abordagem qualitativa, com amostra de cinco mães de alunos com PC não oralizados. Resultados: As mães relatam barreiras à participação de seus filhos e reconhecem a importância da comunicação nas interações e nas atividades familiares. Mencionam, também, não terem alcançado uso funcional da CSA, em casa, mas expressam satisfação com o nível de comunicação que têm com seus filhos. Por outro lado, abordam dificuldades de comunicação quando não identificam os desejos de seus filhos ou quando eles estão com outros interlocutores. Conclusão: Os achados evidenciam participação reduzida das crianças e do adolescente do estudo, e pouco, ou nenhum uso da CSA. Diante das dificuldades relatadas pelas participantes, os achados reforçam a necessidade de equipar os familiares, no sentido de promoverem a participação e a comunicação de seus filhos. Reforça-se a importância de profissionais de CSA e professores de educação especial trabalhar em parceria com os familiares, a fim de expandir as maneiras como interagem e se comunicam com seus filhos, e vice-versa, visando uma maior participação dos mesmos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Referências

Imms C, Reilly S, Carlin J, Dodd K. Diversity of participation in children with cerebral palsy. Dev Med Child Neurol. 2008; 50(5): 363-9.

OMS. Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para a família das Classificações Internacionais (org.). CIF: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. São Paulo: EDUSP; 2020.

Humphry R. Young Children’s Occupations: Explicating the Dynamics of Developmental Processes. Am J. Occup Ther. 2002; 56(2): 171-9.

Wiseman JO, Davis JA, Polatajko HJ. Occupational Development: Towards an Understanding of Children’s Doing. J. Occup. Sci. 2005; 12(1): 26-35.

Law M, Finkelman S, Hurley P, Rosenbaum P, King S, King G. et al. Participation of children with physical disabilities: relationships with diagnosis, physical function, and demographic variables. Scand. J. Occup. Ther. 2004; 11(4): 156-62.

Alam SM, Ahmed M, Arif KEK, Begum S. Social Participation of Children with Communication Disability: An Observation from Bangladesh. IJARIIE. 2018; 4(6): 310-9.

Smith AL, Hustad KC. AAC and Early Intervention for Children with Cerebral Palsy: Parent Perceptions and Child Risk Factors. Augment Altern Commun. 2015; 31(4): 336-50.

Mandak K, Light J. Family-centered services for children with complex communication needs: the practices and beliefs of school-based speech-language pathologists. Augment Altern Commun. 2018; 34(2): 130-42.

Mandak K, O’Neill T, Light J, Fosco GM. Bridging the gap from values to actions: a family systems framework for family-centered AAC services. Augment Altern Commun. 2017; 33(1): 32-41.

Chun RYS, Romano N, Zerbeto AB, Moreira EC. Comunicação Suplementar e/ou Alternativa no Brasil: Ampliação de territórios e saberes científicos e locais. In: Chun RYS, Reily LH, Moreira CE (Orgs.). Comunicação Alternativa: ocupando territórios. São Carlos: Abpee; 2015. p. 17-37.

Bailey RL, Parette HP, Stoner JB, Angell ME, Carroll K. Family members’perceptions of augmentative and alternative communication device use. Lang Speech Hear Serv Sch. 2006; 37(1): 50-60.

Crisp C, Draucker CB, Ellett MLC. Barriers and facilitators to children’s use of speech-generating devices: a descriptive qualitative study of mothers’perspectives. J Spec Pediatr Nurs. 2014; 19(3): 229-37.

Rackensperger T. Family influences and academic success: the perceptions of individuals using AAC. Augment Altern Commun. 2012; 28(2): 106-16.

Guedes-Granzotti RB, Andrade LA, Silva K da, Bicalho ICS, Fukuda MTH, Domenis DR. Adaptação transcultural do Communication Function Classification System para indivíduos com Paralisia Cerebral. Rev CEFAC. 2016; 18(4): 1020-8.

Turato ER. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa. Petrópolis: Editora Vozes; 2011.

Silva RS da, Fedosse E. Perfil sociodemográfico e qualidade de vida de cuidadores de pessoas com deficiência intelectual. Cad Bras Ter Ocup. 2018; 26(2): 357-66.

Francisco del Rey C, Casas Martínez F. Cuidador familiar. Manual práctico de enfermería comunitaria. Elsevier; 2014. p. 138-47.

Pimenta R de A. Avaliação da qualidade de vida e sobrecarga de cuidadores de pessoas com deficiência intelectual. RBCS. 2010; 14(3): 69-76.

A’Campo LEI, Spliethoff-Kamminga NGA, Macht M, EduPark Consortium, Roos RAC. Caregiver education in Parkinson’s disease: formative evaluation of a standardized program in seven European countries. Qual Life Res. 2010; 19(1): 55-64.

Cesa CC, Mota HB. Comunicação aumentativa e alternativa: panorama dos periódicos brasileiros. Rev CEFAC. 2015; 17(1): 264-9.

Sargent J, Clarke M, Price K, Griffiths T, Swettenham J. Use of eye‐pointing by children with cerebral palsy: what are we looking at? Int J. Lang Comm Dis. 2013; 48(5): 477-85.

Deliberato D, Manzini EJ. Análise de processos comunicativos utilizados por uma criança com Paralisia Cerebral espástica. In: MANZINI, EJ. Educação especial: temas atuais. Marília: Unesp; 2000. p. 35-45.

Deliberato D, Ferreira-Donati GC. Questionário de Necessidades de Informação em Linguagem e Comunicação Alternativa (QNILCA-F) – Versão para Família 1. RBEE. 2017; 23(1): 53-66.

Light J, McNaughton D. Making a difference: A celebration of the 25th anniversary of the International Society for Augmentative and Alternative Communication. Augment Altern Comm. 2008; 24(3): 175-93.

Publicado

2023-06-14

Como Citar

Rezende, A. C. F. A., Passos, P. M. P., & Chun, R. Y. S. (2023). Percepções dos pais acerca da participação e comunicação de seus filhos com paralisia cerebral não oralizados. Distúrbios Da Comunicação, 34(4), e58425. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2022v34i4e58425

Edição

Seção

Artigos