Idadismo e Fonoaudiologia

quando o preconceito afeta o olhar clínico sobre a pessoa idosa

Autores

  • Francelise Pivetta Roque Universidade Federal Fluminense
  • Sara Geovanna Ramos Gonçalves Universidade Federal Fluminense
  • Priscila Starosky Universidade Federal Fluminense
  • Gisele Gouvêa da Silva Universidade Federal Fluminense
  • Renato Sampaio Lima Universidade Federal Fluminense
  • Tatiana Bagetti Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i4e63265

Palavras-chave:

Etarismo, Idoso, Fonoaudiologia, Transtornos de deglutição, Transtornos da Comunicação

Resumo

A Organização Mundial da Saúde preconiza que mudemos a forma como pensamos, sentimos e agimos com relação à idade e ao envelhecimento, lutando contra o idadismo direcionado à pessoa idosa - o conjunto de estereótipos, preconceitos e discriminação contra esse grupo. Diante do papel da fonoaudiologia na gerontologia, do impacto possível do idadismo no cuidado fonoaudiológico e por desconhecermos trabalhos semelhantes ao aqui proposto, objetivamos discutir o idadismo entre estudantes e profissionais da Fonoaudiologia. Realizou-se revisão integrativa de literatura, buscando-se artigos, em abril de 2023, a partir dos termos “idadismo” e “fonoaudiologia” nas bases Scientific Electronic Library On-line (SciELO), Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Public Medicine Library (PubMed). Incluíram-se todas as referências publicadas nos últimos 15 anos sobre o tema, bem como as pesquisas pertinentes à revisão citadas nestes artigos. Foram encontradas cinco pesquisas, todas quantitativas, publicadas entre 2003 e 2021, duas realizadas nos Estados Unidos, duas no Chile e uma no Brasil. O idadismo foi avaliado como preconceito, como conhecimento indevido sobre o envelhecimento, atitude inadequada com relação aos idosos e como estereótipo sobre eles, e foi encontrado em estudantes na metade (n=2) dos estudos que os investigaram, num deles sob a forma de conhecimento inadequado e no outro sob a forma de preconceito. Ademais, o idadismo esteve presente em fonoaudiólogos em um dos quatro estudos que os avaliaram, apresentado como estereótipo positivo. Os resultados desta revisão não são generalizáveis, mas podem fundamentar reflexões com repercussões no cuidado fonoaudiológico prestado a pessoas idosas e evidenciam a necessidade de mais pesquisas.

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Publicado

2024-03-27

Como Citar

Roque, F. P., Gonçalves, S. G. R., Starosky, P., Silva, G. G. da, Lima, R. S., & Bagetti, T. (2024). Idadismo e Fonoaudiologia: quando o preconceito afeta o olhar clínico sobre a pessoa idosa. Distúrbios Da Comunicação, 35(4), e63265. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2023v35i4e63265

Edição

Seção

Artigos