Habilidade Semântica de Definição e Quoficiente de Inteligência Não-Verbal em crianças com Baixo Rendimento Escolar
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2024v36i3e67451Palavras-chave:
Baixo Rendimento Escolar, Semântica, Criança, Testes de InteligênciaResumo
Introdução: A habilidade semântica de definição (HSD) e o QI não-verbal (QI- NV) são habilidades preditoras da aprendizagem e impactam o desempenho escolar. Em crianças com baixo rendimento escolar (BRE), essas habilidades podem variar significativamente devido a fatores como desatenção e hiperatividade. Objetivo: Investigar as variações nas habilidades verbais e não-verbais entre crianças com diferentes perfis de BRE comparando seu desempenho na HSD e QI não-verbal, considerando desatenção e hiperatividade/impulsividade. Métodos: Participaram 35 alunos do 4º e 5º ano de uma escola pública, indicados por BRE. Foram aplicados o teste de Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (QI-NV) e o subteste de Vocabulário da WISC-IV (HSD). Responsáveis e professores responderam ao SNAP-IV, conforme o DSM-4. Os alunos foram divididos em BRE + Desatento (D), BRE + Misto (M) e BRE sem sintomas de desatenção e/ou hiperatividade. Resultados: Para QI-NV, os grupos BRE e D tiveram resultados similares, enquanto o grupo M apresentou diferença significativa com efeito médio. Na HSD, o grupo M teve melhor desempenho, seguido pelo BRE, enquanto o grupo D obteve a menor pontuação. O grupo M teve a melhor média na HSD, mas a menor no QI-NV. Discussão: Sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade influenciam as habilidades cognitivas distintamente. Isso sugere a necessidade de avaliações e intervenções específicas para cada perfil de BRE, destacando a importância de uma avaliação abrangente do desempenho cognitivo e escolar. Conclusão: Crianças BRE de diferentes perfis apresentam variações significativas em habilidades verbais e não-verbais, ressaltando a importância de avaliações abrangentes para intervenções direcionadas.
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