Adoecimento vocal no trabalho em professores da rede pública de ensino
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2024v36i4e67743Palavras-chave:
Voz, Distúrbios da voz, Docentes, Trabalho, Saúde do trabalhadorResumo
Introdução: A prevalência de alteração vocal ao longo da vida é maior entre os professores quando comparado com outras profissões. Objetivo: Analisar as principais causas dos problemas relacionados ao adoecimento vocal dos professores no trabalho. Métodos: Estudo de natureza qualitativa, que utilizou a orientação metodológica da pesquisa-ação com registro de diário de campo e gravação, numa escola. Foram realizados 13 seminários com os professores, com encontros online e presenciais e média de 08 a 10 participantes. A análise das informações produzidas se fundamentou no referencial teórico da Análise de Conteúdo. Resultados: Houve maior ocorrência de professores do gênero feminino. A idade variou entre 30 e 65 anos, predominância de estado civil casada, formação com nível superior completo, com tempo de formação entre 12 a 40 anos. Identificou-se 06 eixos temáticos que refletem o adoecimento vocal ocasionado pelo trabalho, sendo discutidos neste estudo o alto índice de estresse e condições inadequadas do ambiente de trabalho. O estresse, associado aos aspectos biológicos, pessoais e às condições ambientais da escola auxiliam o desencadeamento de problemas vocais. Os professores contam também com a escassez dos recursos materiais e condições precárias do ambiente de trabalho. Os docentes vivem o processo de alienação no exercício de sua profissão, nem sempre transformando essa realidade de exploração. Conclusão: As principais causas do adoecimento vocal no trabalho são: alto índice de estresse, ausência de cuidados relacionados à voz, esforço excessivo da voz, ausência de valorização profissional e condições inadequadas do ambiente de trabalho.
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