Instrumentos de autoavaliação vocal
adaptação para o formato digital
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2724.2025v37i4e72030Palavras-chave:
Programas de Autoavaliação, Fonoaudiologia, Tecnologia digital, Voz, Distúrbios da VozResumo
Introdução: o uso de instrumentos de autoavaliação vocal é fundamental na formação clínica de estudantes de Fonoaudiologia, exigindo habilidades específicas para sua aplicação e interpretação. Ferramentas digitais podem facilitar esse processo, promovendo maior familiaridade com instrumentos validados. Objetivo: apresentar uma ferramenta digital desenvolvida exclusivamente para fins didáticos, que permite o preenchimento automatizado de instrumentos de autoavaliação vocal, auxiliando no ensino e treinamento de estudantes de Fonoaudiologia. Descrição: a ferramenta foi elaborada no software Microsoft Excel® para Microsoft 365®, utilizando os conteúdos originais dos seguintes instrumentos traduzidos e/ou validados para o português brasileiro, sem modificações em estrutura ou escore: Qualidade de Vida em Voz (QVV), Perfil de Participação e Atividade Vocais (PPAV), Índice de Desvantagem Vocal 10 (IDV-10), Índice de Fadiga Vocal (IFV), Escala de Desconforto do Trato Vocal (EDTV), Escala de Sintomas Vocais (ESV), Protocolo de Estratégias de Enfrentamento na Disfonia (PEED), URICA-VOZ e Questionário de Saúde e Higiene Vocal (QSHV). A ferramenta foi organizada em 11 planilhas, divididas em “Dados gerais”, “Instrumentos” e “Síntese dos resultados”. A automatização dos cálculos permite que os escores sejam apresentados de forma clara, respeitando as fórmulas publicadas nos estudos originais. Considerações finais: a ferramenta digital constitui um recurso educacional útil para o desenvolvimento de competências na aplicação e interpretação de instrumentos de autoavaliação vocal. Não se trata de uma versão validada para uso clínico, tampouco se pretende estabelecer equivalência psicométrica com os formatos impressos. Seu uso está restrito ao ambiente acadêmico supervisionado.
Downloads
Referências
1. Patel R, Awan S, Barkmeier-Kraemer J, Courey M, Deliyski D, Eadie T, et al. Recommended protocols for instrumental assessment of voice: American Speech-Language-Hearing Association Expert Panel to develop a protocol for instrumental assessment of vocal function. Am J Speech Lang Pathol. 2018; 27(3): 887-905. doi: 10.1044/2018_AJSLP-17-0009.
2. Slavych BK, Zraick RI, Ruleman A. A systematic review of voice-related patient-reported outcome measures for use with adults. J Voice. 2024; 38(2): 544.e1-544.e14. doi: 10.1016/j.jvoice.2021.09.032.
3. Dejonckere PH, Bradley P, Clemente P, Cornut G, Crevier-Buchman L, Friedrich G, et al. A basic protocol for functional assessment of voice pathology, especially for investigating the efficacy of (phonosurgical) treatments and evaluating new assessment techniques. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2001; 258(2): 77-82. doi: 10.1007/s004050000299.
4. Hogikyan ND, Sethuraman G. Validation of an instrument to measure voice-related quality of life (V-RQOL). J Voice. 1999; 13(4): 557-69. doi: 10.1016/s0892-1997(99)80010-1. PMID: 10622521.
5. Gasparini G, Behlau M. Quality of life: validation of the Brazilian version of the voice-related quality of life (V-RQOL) measure. J Voice. 2009; 23(1): 76-81. doi: 10.1016/j.jvoice.2007.04.005. PMID: 17628396.
6. Behlau M, Madazio G, Moreti F, Oliveira G, Santos LM, Paulinelli BR, et al. Efficiency and cutoff values of self-assessment instruments on the impact of a voice problem. J Voice. 2016; 30(4): 506.e9-506.e18. doi: 10.1016/j.jvoice.2015.05.022.
7. Almeida LN, Nascimento JA, Behlau M, Roseno AV, Aguiar A, Almeida AA. Processo de validação de instrumentos de autoavaliação da voz no Brasil. Audiol Commun Res. 2021; 26: e2364.
8. Ma EP, Yiu EM. Voice activity and participation profile: Assessing the impact of voice disorders on daily activities. J Speech Hear Res. 2001; 44: 511-24. doi: 10.1044/1092-4388(2001/040).
9. Ricarte A, Oliveira G, Behlau M. Validation of the Voice Activity and Participation Profile protocol in Brazil. CoDAS. 2013; 25(3): 242-9. doi: 10.1590/S2317-17822013000300009.
10. Pires ME, Oliveira G, Behlau M. Aplicação do Protocolo de Participação e Atividades Vocais-PPAV em duas diferentes escalas de resposta. J Soc Bras Fonoaudiol. 2011; 23: 297-300.
11. Zambon F, Moreti F, Vargas AC, Behlau M. Efficiency and cutoff values of the Voice Activity and Participation Profile for non teachers and teachers. CoDAS. 2015; 27(6): 598-603. doi: 10.1590/2317-1782/20152015028.
12. Melo DC, Zambon F, Behlau M. Competência na comunicação e perfil de participação em atividades vocais de professores do Distrito Federal com e sem desvantagem vocal. Audiol Commun Res. 2024; 29: e2932.
13. Rosen CA, Lee AS, Osborne J, Zullo T, Murry T. Development and validation of the voice handicap index‐10. Laryngoscope. 2004; 114(9): 1549-56.
14. Costa T, Oliveira G, Behlau M. Validation of the Voice Handicap Index: 10 (VHI-10) to the Brazilian Portuguese. CoDAS. 2013; 25(5): 482-5. doi: 10.1590/S2317-17822013000500013.
15. Nanjundeswaran C, Jacobson BH, Gartner-Schmidt J, Abbott KV. Vocal Fatigue Index (VFI): development and validation. J Voice. 2015; 29(4): 433-40.
16. Zambon F, Moreti F, Ribeiro VV, Nanjundeswaran C, Behlau M. Vocal Fatigue Index: Validation and Cut-off Values of the Brazilian Version. J Voice. 2022; 36(3): 434.e17-434.e24. doi: 10.1016/j.jvoice.2020.06.018. PMID: 32693976.
17. Santiago RS, Araújo JM, Nascimento MH, Anhoque CF, Neves AT, Depolli GT, et al. Desvantagem, fadiga vocal e qualidade de vida em voz em pacientes com Esclerose Múltipla. CoDAS. 2025; 37: e20230320.
18. Coelho SC, Depolli GT, Cruz KS, Fernandes DN, Costa MR, Oliveira G, et al. Relação entre fadiga vocal e qualidade de vida relacionada à voz em professores universitários. CoDAS. 2021; 33(5): e20200174.
19. Mathieson L, Hirani SP, Epstein R, et al. Laryngeal manual therapy: a preliminary study to examine its treatment effects in the management of muscle tension dysphonia. J Voice. 2009; 23: 353-66.
20. Rodrigues G, Zambon F, Mathieson L, Behlau M. Vocal Tract discomfort in teachers: its relationship to self-reported voice disorders. J Voice. 2013; 27(4): 473-80. PMid:23528674. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvoice.2013.01.005
21. Deary IJ, Wilson JA, Carding PN, MacKenzie K. VoiSS: a patient-derived Voice Symptom Scale. J Psychosom Res. 2003; 54(5): 483-9. doi: 10.1016/S0022-3999(02)00469-5.
22. Moreti F, Zambon F, Oliveira G, Behlau M. Cross-cultural adaptation, validation, and cutoff values of the Brazilian version of the Voice Symptom Scale-VoiSS. J Voice. 2014; 28(4): 458-68. doi: 10.1016/j.jvoice.2013.11.009.
23. Depolli GT, Moreti F, Azevedo EH, Guimarães MF. Vocal sensory symptoms, vocal fatigue and vocal habits in university professors. J Voice. 2024; 38(2): 309-15.
24. Godoy JF, Vieira DP, Siqueira LT. Sintomas vocais e dor musculoesquelética em não profissionais da voz. Audiol Commun Res. 2024; 29: e2930.
25. Epstein R, Hirani SP, Stygall J, Newman SP. How do individuals cope with voice disorders? Introducing the voice disability coping questionnaire. J Voice. 2009; 23(2): 209-17. doi: 10.1016/j.jvoice.2007.09.001. PMID: 18538984.
26. Oliveira G, Hirani S, Epstein R, Yazigi L, Behlau M. Validation of the Brazilian Version of the Voice Disability Coping Questionnaire. J Voice. 2016; 30(2): 247.e13-21. doi: 10.1016/j.jvoice.2015.01.004. PMID: 26474711.
27. Guimarães MF, Oliveira LO, Azevedo EH. Vocal activity profile and dysphonia coping strategies in subjects with laryngeal cancer treated with radiotherapy. Rev CEFAC. 2018; 20: 374-81.
28. Oliveira G, Zambon F, Vaiano T, Costa F, Behlau M. Versões reduzidas para protocolo clínico de enfrentamento das disfonias. CoDAS. 2016; 28(6): 828-32.
29. McConnaughy EA, Prochaska JO, Velicer WF. Stages of change in psychotherapy: measurement and sample profiles. Psychother Theory Res Pract. 1983; 20(3): 368-75.
30. Teixeira LC, Rodrigues AL, Silva AF, Azevedo R, Gama AC, Behlau M. The use of the URICA-VOICE questionnaire to identify the stages of adherence to voice treatment. CoDAS. 2013; 25(1): 8-15. doi: 10.1590/S2317-17822013000100003.
31. Moreti F, Zambon F, Behlau M. Questionário de Saúde e Higiene Vocal (Vocal Health and Hygiene Questionnaire): Development, Validation, and Cutoff Value. Folia Phoniatr Logop. 2025. doi: 10.1159/000547898.
32. Depolli GT, Fernandes DNS, Costa MRB, Coelho SC, Azevedo EHM, Guimarães MF. Fadiga e sintomas vocais em professores universitários. Distúrb Comun. 2019; 31(2): 225-33.
33. Rosa IC, Dassie-Leite AP, Pereira EC, Martins PD. Futuros professores e a autopercepção de sintomas vocais e conhecimento em saúde e higiene vocal. CoDAS. 2023; 35: e20220160.
34. Brasil. Lei nº 13.787, de 27 de dezembro de 2018. Dispõe sobre a digitalização e a utilização de sistemas informatizados para a guarda, o armazenamento e o manuseio de prontuário de paciente. Diário Oficial da União. 2018 dez 28; Seção 1:1.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Vitor Sérgio Borges, Mel Mutiz de Lacerda, Gabriel Trevizani, Elma Heitmann, Felipe Moreti, Michelle Guimarães

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.






