AUDIÇÃO E BIOMARCADORES DO METABOLISMO OXIDATIVO EM ESCOLARES DE REGIÃO FUMICULTORA DO RIO GRANDE DO SUL
Palabras clave:
praguicidas, fumo, audição, estresse oxidativo e criança.Resumen
Objetivo: avaliar o sistema auditivo e o metabolismo oxidativo de escolares residentes de região fumicultora. Material e método: Participaram do grupo estudo (GE) 21 escolares normo-ouvintes residentes de região fumicultora e, do grupo controle (GC) 25 escolares normo-ouvintes que não residiam na zona rural. O sistema auditivo foi avaliado por meio das emissões otoacústicas produto de distorção (EOAPD) e supressão das EOAPD. Os biomarcadores do metabolismo oxidativo foram: ensaio cometa, teste de micronúcleos (MN), Diclorofluoresceína diacetato (DCFH-DA) referente a taxa de radicais livres e ensaio fluorimétrico de quantificação de DNA. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística. Resultados: os escolares de ambos os grupos apresentaram EOAPD presentes. Detectou-se diferença significativa, entre os grupos, na orelha direita (OD) na frequência de 4000 Hz e na orelha esquerda (OE) na frequência de 2000 Hz, sendo a média de amplitude das EOAPD do GE menor que a do GC. Quanto à média da amplitude das duas orelhas, a do GE apresentou-se inferior em todas as frequências, verificando-se diferença significativa nas frequências de 2000 e 4000 Hz. Na média geral da amplitude das EOAPD por orelha, não foi observada diferença significativa. Referente à ocorrência do efeito de supressão, os sujeitos de ambos os grupos apresentaram efeito de supressão das EOAPD presente. Ao comparar a ocorrência do efeito de supressão das EOAPD entre os grupos, não foi detectada associação estatística significativa. Quanto os biomarcadores do metabolismo oxidativo: no ensaio cometa, taxa de produção de radicais livres e ensaio fluorimétrico de quantificação de DNA a média do GE mostrou-se significativamente mais elevada que a do GC. No teste de MN, verificou-se diferença significativa quanto ao somatório de células alteradas e a frequência de células binucleadas, sendo a média do GE mais elevada que a do GC. Já, referente à frequência de células com MN não observou-se diferença significativa entre os grupos. Verificou-se associação entre amplitude das EOAPD e os biomarcadores do metabolismo oxidativo, porém quanto a supressão das EOAPD esta associação não foi observada. Conclusão: Ambos os grupos obtiveram EOAPD e efeito de supressão das EOAPD presentes, porém o GE apresentou uma diminuição na média da amplitude das EOAPD em todas as frequências. O GE apresentou índice significativamente mais elevado em todos os biomarcadores do metabolismo oxidativo. Foi verificada associação entre nível de resposta das EOAPD e os resultados dos testes de verificação do metabolismo oxidativo.
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