Atuação de fonoaudiólogos em Centros de Convivência e Cooperativa (CECCO): trajetórias e desafios da formação profissional

Autores

  • Ana Paula Gomes da Silva Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP - São Paulo (SP)
  • Caroline Lopes Barbosa Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP - São Paulo (SP)
  • Maria Cecilia Bonini-Trenche Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP - São Paulo (SP)

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2724.2020v32i1p26-40

Palavras-chave:

Formação Profissional, Fonoaudiologia, Saúde Mental, Saúde Pública

Resumo

Os fonoaudiólogos têm, de modo crescente, integrado equipes de Centros de Atenção Psicossocial e de Centro de Convivência e Cooperativa (CECCO) e serviços que integram a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Os paradigmas adotados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela Política de Atenção Psicossocial desafiam os cursos de graduação em Fonoaudiologia a promoverem mudanças na formação profissional da área. Objetivo: conhecer as trajetórias e singularidades de fonoaudiólogos que trabalhavam em CECCO em São Paulo e a partir de seus relatos tecer reflexões que possam contribuir para a formação profissional. Método: entrevista semidirigida realizada com 8 fonoaudiólogos com experiência ou vínculo no serviço, gravada e transcrita. Foi aplicada a análise de conteúdo. Resultados: O tempo de atuação dos profissionais em CECCO variou entre 1 ano e 6 meses a 17 anos. Sobre a formação continuada, seis sujeitos referiram pós-graduação lato sensu, dois em stricto sensu, sendo que seis mencionaram a realização de educação permanente. As principais ações desenvolvidas são oficinas e práticas integrativas e complementares em saúde. Como principais mudanças em suas práticas destacaram a concepção ampliada de saúde, o trabalho interdisciplinar e o uso de conhecimentos específicos da Fonoaudiologia no desenvolvimento de atividades de promoção da saúde e sociabilidade. Enfatizaram que durante a formação profissional os estudantes devem conhecer políticas públicas de atenção psicossocial, desenvolver competência para utilizar recursos da cultura, arte e esporte para a promoção da saúde, inclusão social, socialização dos usuários e saber trabalhar em redes de saúde e intersetoriais. Conclusão: A pesquisa mostra que a formação dos fonoaudiólogos, além dos aspectos específicos da área destinados à assistência em saúde, deve englobar outras dimensões do cuidado integral, bem como experiências com o trabalho interdisciplinar e intersetorial.

  

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Biografia do Autor

Ana Paula Gomes da Silva, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP - São Paulo (SP)

Fonoaudióloga  

Caroline Lopes Barbosa, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP - São Paulo (SP)

Fonoaudióloga
Mestre em Linguistíca Aplicada e Estudos da Linguagem PUC-SP
Doutora em Fonoaudiologia PUC - SP

  

Maria Cecilia Bonini-Trenche, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP - São Paulo (SP)

Fonoaudióloga, Professora Titular do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de
Ciências Humanas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil

  

Publicado

2020-04-16

Como Citar

Silva, A. P. G. da, Barbosa, C. L., & Bonini-Trenche, M. C. (2020). Atuação de fonoaudiólogos em Centros de Convivência e Cooperativa (CECCO): trajetórias e desafios da formação profissional. Distúrbios Da Comunicação, 32(1), 26–40. https://doi.org/10.23925/2176-2724.2020v32i1p26-40

Edição

Seção

Artigos