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  • Chamada para Artigos: Naturalismo, Normatividade e a Convergência entre as ciências naturais e humanas

    2025-08-13

    O naturalismo filosófico, em geral, e a proposta de naturalizar a moralidade, em particular, têm sido desafiadores e instigantes na filosofia contemporânea, especialmente considerando as tensões entre explicações científicas e normativas das práticas humanas. O naturalismo moral busca compreender os valores e normas morais como fenômenos que emergem do mundo natural. Ele oferece uma ponte promissora para repensar a divisão histórica entre as ciências humanas e as ciências naturais. A questão central aqui colocada é: até que ponto a naturalização da normatividade pode fundamentar uma reaproximação entre essas áreas do conhecimento?

    Convidamos submissões para um número especial que explore as relações entre a naturalização na filosofia — e da moralidade, em particular — e a integração entre ciências humanas e naturais. Nosso objetivo é promover um debate sólido sobre o potencial e os limites dessas conexões. A edição investigará como a normatividade, especialmente a normatividade moral, pode ser explicada em termos naturalistas e em que medida tal explicação pode sustentar uma reconfiguração do papel das ciências humanas em diálogo com métodos e insights oriundos das ciências naturais.

    Nossa premissa é que a normatividade pode e deve ser explicada em termos naturalistas, a fim de construir um quadro conceitual mais integrado e empiricamente fundamentado. No entanto, tal explicação não está isenta de desafios filosóficos e metodológicos. Na filosofia, opositores do naturalismo apontam o risco de que questões filosóficas significativas sejam eliminadas ou reduzidas diante dos métodos científicos. No tocante à Moralidade, esses críticos veem o perigo de uma redução simplista da moralidade a fatos naturais, o que poderia obliterar as alegadas especificidades normativas das práticas humanas. Todavia, a naturalização promete uma análise mais rica, matizada e verídica da Moralidade, incorporando avanços da ciência cognitiva, da biologia evolutiva e da psicologia social.

    Entre as questões que esperamos ver abordadas nas contribuições estão:

    1. Até que ponto as ciências humanas podem se engajar com e beneficiar de métodos e resultados das ciências naturais?

    2. Quais limites filosóficos e metodológicos emergem ao tentar naturalizar fenômenos normativos na Filosofia e na Moralidade?

    3. De que modo abordagens naturalistas da Moralidade podem reformular ou ampliar nossa compreensão da normatividade social e de suas implicações práticas?

    4. Pode o naturalismo moral oferecer uma base compatível para explicar de forma robusta a normatividade nas práticas humanas, incluindo a ciência?

    5. Como os avanços nas ciências naturais, principalmente nas ciências cognitivas e biológicas, podem contribuir para uma compreensão mais abrangente de problemas filosóficos relevantes e da normatividade moral?

    Convidamos artigos que tratem dessas e de outras questões correlatas, buscando tanto intervenções teóricas quanto contribuições empíricas que iluminem as complexidades e promessas dessa abordagem. Nosso objetivo é reunir trabalhos originais e inéditos que desafiem as fronteiras disciplinares e ofereçam novas perspectivas para o diálogo entre ciências humanas e naturais.

    Os artigos devem ser submetidos até 1º de março de 2026, e o número especial será publicado no segundo semestre de 2026, na revista Geltung – Journal of Studies on the Origins of Contemporary Philosophy. Para mais informações sobre submissões e diretrizes, consulte nosso site: https://revistas.pucsp.br/index.php/geltung/about/submissions.

    Prazo para submissão (CFP): 1º de março de 2026
    Editor convidado: Prof. Adriano Naves de Brito

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  • Chamada para Artigos - Geltung: Categorias - Perspectivas Pós-Kantianas e Fenomenológicas - 2025/2 - Prazo estendido

    2025-01-13

    Este número especial é dedicado ao problema das categorias, ou seja, ao problema de como a realidade e as capacidades de pensar sobre ela são divididas, estruturadas ou organizadas.

    O tema das categorias, que remonta a Platão e Aristóteles e desempenhou um papel central nos debates filosóficos durante a Idade Média, caiu em descrédito no início da Modernidade. A metafísica alemã envolveu-se em discussões sobre categorias, mas é com Kant e seus sucessores que a questão do status das categorias e seu papel para compreender o mundo e nossas capacidades de dar sentido a ele volta a ganhar destaque. De Kant, passando por seus primeiros críticos, pela tradição do Idealismo Alemão e pelos neokantianos do século XIX, até Frege, Brentano, Lask e Husserl, a questão das categorias ocupa um papel central nos debates filosóficos que cercam o nascimento tanto da filosofia analítica quanto da fenomenologia. Mais recentemente, as discussões na metafísica analítica trouxeram novamente a questão das categorias para o centro dos debates filosóficos contemporâneos. No entanto, as contribuições das tradições kantiana, neokantiana, fenomenológica e hermenêutica para esse debate não foram devidamente consideradas nos desenvolvimentos mais recentes da metafísica analítica.

    Este número especial busca corrigir essa situação, reexaminando as discussões dos séculos XIX e início do século XX sobre a questão das categorias, tanto em sua importância histórica quanto em seu potencial de contribuição para os debates contemporâneos.

    Algumas das questões que os artigos neste número especial buscam abordar incluem:
    - Quais e quantas são as categorias? Qual é o seu status: real ou mental?

    - As categorias são entidades, conceitos ou termos?

    - Como é possível acessá-las: por meio da análise ou da experiência?

    - Quais são os ganhos teóricos de uma reflexão sobre categorias para a pesquisa ontológica em geral?

    - É possível um sistema unitário de categorias, ou é necessário identificar categorias específicas para cada campo da realidade?

    - As categorias são modos de ser?

    - Que tipo de generalidade é próprio das categorias? Elas são gêneros, espécies, ou tratam-se de um tipo peculiar de generalidade?

    - Que tipo de definição corresponde, então, às categorias? Ou elas são simplesmente indefiníveis?

    Artigos que abordem tais questões de uma perspectiva sistemática ou com referência a autores das tradições kantiana, neokantiana, fenomenológica e hermenêutica são bem-vindos. Referências ao trabalho de autores como Kant, Lotze, Rickert, Windelband, Lask, Natorp, Cassirer, Brentano, Bolzano, Frege, Husserl, Heidegger e Gadamer serão igualmente bem-vindas.

     

    Co-editores convidados: Prof. Róbson Ramos dos Reis (UFSM - Brasil) / Bernardo Ainbinder (U. of Wollongong - Australia)

    Prazo estendido para a submissão (CFP): 30 de setembro de 2025

    Normas para autores: https://revistas.pucsp.br/index.php/geltung/about/submissions

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