ESPIRITUALIDADE E DOENÇAS CRÔNICAS: itinerários terapêuticos de pessoas vinculadas a seguros-saúde nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro

Autores/as

  • Maria Elisa Gonzalez Elisa Gonzalez Manso Centro Universitário São Camilo (CUSC-SP)
  • Leonardo Garcia Góes Centro Universitário São Camilo (CUSC)

DOI:

https://doi.org/10.23925/2179-7498.2019n12p23-39

Palabras clave:

Aceitação pelo paciente de Cuidados de Saúde. Espiritualidade. Doença Crônica.

Resumen

RESUMO: Espiritualidade é um conceito mais amplo do que religião e está relacionado à transcendência. É uma definição que não desmembra os aspectos físicos e mentais e que agrega o aspecto espiritual, fazendo parte de uma multidimensionalidade, e que se apoia nas contribuições atuais da física quântica e biologia. Ela faz parte do itinerário terapêutico como uma perspectiva para o futuro e alívio do sofrimento dos indivíduos, desempenhando papel fundamental na saúde como um recurso de enfrentamento dos desafios da vida. Trata-se de um estudo qualitativo com o objetivo de comprovar, ou não, a crença de que pessoas que utilizam seguros-saúde procurariam alívio para suas doenças apenas dentro da medicina hegemônica sem recorrer aos tratamentos alternativos e religiosos, por meio de entrevistas com um grupo de pessoas portadoras de doenças crônicas que se enquadram nessa crença, a fim de conhecer como sua espiritualidade influencia seu itinerário terapêutico. Todos os entrevistados, desde quando se sentiram doentes ou após o recebimento do diagnóstico, procuraram atendimento dentro do modelo médico hegemônico. Entretanto, várias práticas de alívio e cura foram procuradas pelos mesmos paralelamente aos cuidados alopáticos. Para essas pessoas, não há uma substituição do sistema médico hegemônico, mas vários caminhos terapêuticos que se complementam. Percebeu-se que o grupo entrevistado possui um itinerário terapêutico, que inclui, além da biomedicina, práticas espirituais e religiosas, independentemente da idade e do tipo de doença que os acomete. Dessa forma, é importante a abordagem da espiritualidade na atenção primária, para estreitar o vínculo médico-adoecido, devendo-se investir na formação destes profissionais, introduzindo o conhecimento sobre as terapias complementares, práticas populares e os efeitos da espiritualidade e religiosidade no processo saúde-doença.


Biografía del autor/a

Maria Elisa Gonzalez Elisa Gonzalez Manso, Centro Universitário São Camilo (CUSC-SP)

Maria Elisa Gonzalez Manso- Médica. Pós-doutorado em Gerontologia Social, Doutora em Ciências Sociais e Mestre em Gerontologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Master em Psicogerontologia pela Universidade Maimônides, Buenos Aires, AR. Docente do curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo (CUSC-SP) e do COCEAE PUC SP. Docente orientadora da Liga Acadêmica LEPE (Liga de Estudos do Processo do Envelhecimento do Centro Universitário São Camilo SP)  E-mail: mansomeg@hotmail.com Celular: (11) 99365-2631. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5446-233X

Leonardo Garcia Góes, Centro Universitário São Camilo (CUSC)

 

[1] Leonardo Garcia Góes-  Graduando de medicina Centro Universitário São Camilo (CUSC), São Paulo, SP, Brasil. Participante Programa de Iniciação Científica do CUSC-SP e Presidente da Liga Acadêmica de Medicina Integrativa e Espiritualidade e Coordenador Paulista da Associação Acadêmica de Ligas e Grupos de Estudo em Espiritualidade e Saúde (AALEGREES) E-mail: Leonardo.goes47@gmail.com Celular: (11) 94212-8192 ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8578-6791

Citas

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Publicado

2019-06-03

Número

Sección

ARTIGOS