Velhice e Institucionalização: Cenas da vida no abrigo

Autores

  • Talita Baldin Mestre e Doutoranda em Psicologia, Universidade Federal Fluminense; psicóloga clínica; e atriz pelo Coletivo Sem Órgãos. Niterói, RJ, Brasil.
  • Paulo Eduardo Viana Vidal Doutor em Teoria Psicanalítica, UFRJ, Docente do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-901X.2018v21i1p479-494

Palavras-chave:

Teatro, Idoso, Instituições de Longa Permanência para Idosos.

Resumo

O presente relato apresenta uma atividade de pesquisa desenvolvida em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Esta pesquisa de mestrado buscou abordar as narrativas acerca da vida antes e durante a institucionalização de oito residentes, quatro homens e quatro mulheres, com idade entre 66 e 89 anos, residentes de dois a sete anos na ILPI. Com base no referencial teórico da Psicanálise e da teoria artaudiana de teatro, foi possível pensar a existência do ponto de vista da encenação, cuja palavra é elemento central para a existência. Por fim, conclui-se que a experiência vivida com a tessitura da dissertação de mestrado, que se encontra aqui resumida, traz a importância de ser sujeito quando inserido em processos de institucionalização. Há possibilidades. Há caminhos. Há construções a serem feitas e que permitem que, mesmo dentro de normas rígidas e coletivizadas, o sujeito possa se fazer sujeito. Uma dessas formas é dar-lhe voz e autonomia para contar sua história da forma que quiser, ou que acredita ser. Outra é uma transformação da ILPI como é dada para a construção de um lugar aberto a possibilidades, a escolhas, mesmo que limitadas, por meio da escuta. As pessoas que lá se encontram precisam sentir-se pessoas. Precisam de voz e de ouvidos que as escutem. Precisam de meios de representação. Precisam de plateia.

 

Biografia do Autor

Talita Baldin, Mestre e Doutoranda em Psicologia, Universidade Federal Fluminense; psicóloga clínica; e atriz pelo Coletivo Sem Órgãos. Niterói, RJ, Brasil.

Mestre e Doutoranda em Psicologia, Universidade Federal Fluminense; psicóloga clínica; e atriz pelo Coletivo Sem Órgãos. Niterói, RJ, Brasil.

 

Paulo Eduardo Viana Vidal, Doutor em Teoria Psicanalítica, UFRJ, Docente do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ, Brasil.

Doutor em Teoria Psicanalítica, UFRJ, Docente do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense. Niterói, RJ, Brasil.

 

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Publicado

2018-03-30

Como Citar

Baldin, T., & Vidal, P. E. V. (2018). Velhice e Institucionalização: Cenas da vida no abrigo. Revista Kairós-Gerontologia, 21(1), 479–494. https://doi.org/10.23925/2176-901X.2018v21i1p479-494

Edição

Seção

Relato de Experiência