A complexidade do envelhecer e a contribuição da pesquisa para a formação do pesquisador
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-901X.2022v25i1p31-49Palavras-chave:
Velhice, Metodologia, Pesquisa qualitativa, Educação, GerontologiaResumo
O presente artigo visa a discutir contribuições da pesquisa “Estrangeiras no Território de Vida?: um estudo sobre a produção social da velhice”, na invisibilidade de quem envelhece, como ser social multidimensional ante a dominância dos discursos biomédico e do Estado. Importa aqui ver o sujeito mais inteiro, biopsicossocial e espiritual, inclusive na relação pesquisador e pesquisa no campo das ciências antropossociais. A metodologia foi um construto tóerico-prático que instaura um dialogismo singular: o sujeito se ergue como um Outro de Si Mesmo, para melhor pensar-se. O pesquisador foi tomado como sujeito da pesquisa, em uma dialogia (Bakhtin, 2010). Recompondo sua historicidade, o sujeito perquire em sua subjetividade o próprio devir social do ser que envelhece. O instrumento metodológico chave foi o Jornal da Pesquisa (Morin, 2015), que utiliza a biografia do pesquisador, uma voz junto a outras vozes. Um Outro de si, um duplo junto à analítica do pesquisador. O texto do pesquisador se torna uma autorreflexão, em que se realiza um duplo extrato de autoralidade tanto de si quanto acadêmico.
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