O idoso: novo ator social diante da finitude/morte
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-901X.2014v17iEspecial17p149-167Keywords:
Ator social, Idoso, Finitude/Morte, Educação.Abstract
A longevidade é uma das maiores conquistas da humanidade; no entanto, o processo de envelhecimento e a velhice ainda são revestidos de estereótipos e estigmas negativos. Apesar de todos os preconceitos sofridos pelos idosos na cultura brasileira, essa faixa etária vem ganhando maior visibilidade, tanto em função das políticas públicas voltadas a esse segmento quanto pela relevância enquanto campo de pesquisa. Apesar do crescimento demográfico e do envelhecimento, o Brasil não equacionou de forma satisfatória as questões relacionadas com as demandas desse segmento. Hoje, a população idosa brasileira representa cerca de 22 milhões de pessoas, ou seja, 12% da população total. De acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2025 o Brasil terá uma população idosa de 34 milhões de pessoas; e como estarão esses idosos? O objetivo do artigo é, após identificar os estereótipos que revestem a população idosa, refletir sobre o idoso no seu novo papel de ator social, identificando os movimentos sociais voltados para este segmento etário. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica. Conclui-se que, diante de um cenário hostil imposto pela sociedade contemporânea para os idosos, na verdade, há a necessidade de políticas públicas que reconheçam e garantam os direitos básicos por que luta este grupo etário. Apesar dos preconceitos, os idosos devem continuar a se mobilizar para que seja possível superar as situações de vulnerabilidade, a que, via de regra, estão expostos especialmente quando da proximidade de sua finitude. Para a consolidação de um ator social, são necessárias ações educativas dirigidas ao segmento, trazendo conhecimento e informação de acesso de todas as pessoas idosas. A educação ao longo da vida tem um papel muito relevante, a fim de instrumentalizar e capacitá-las. Assim, será possível pensar, na atualidade, em um idoso que seja mais ativo, participativo e integrado à sociedade, que se posicione em busca de seus direitos e se engaje em movimentos sociais, escapando em definitivo do estereótipo ainda disseminado na sociedade daquele que nada mais na vida faria senão esperar a morte.