O idoso: novo ator social diante da finitude/morte

Authors

  • Rita de Cássia da Silva Oliveira State University of Ponta Grossa (UEPG).
  • Paola Andressa Scortegagna State University of Ponta Grossa (UEPG).
  • Flávia da Silva Oliveira Faculdade União Open University for the Third Age (UEPG).

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-901X.2014v17iEspecial17p149-167

Keywords:

Ator social, Idoso, Finitude/Morte, Educação.

Abstract

A longevidade é uma das maiores conquistas da humanidade; no entanto, o processo de envelhecimento e a velhice ainda são revestidos de estereótipos e estigmas negativos. Apesar de todos os preconceitos sofridos pelos idosos na cultura brasileira, essa faixa etária vem ganhando maior visibilidade, tanto em função das políticas públicas voltadas a esse segmento quanto pela relevância enquanto campo de pesquisa. Apesar do crescimento demográfico e do envelhecimento, o Brasil não equacionou de forma satisfatória as questões relacionadas com as demandas desse segmento. Hoje, a população idosa brasileira representa cerca de 22 milhões de pessoas, ou seja, 12% da população total. De acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2025 o Brasil terá uma população idosa de 34 milhões de pessoas; e como estarão esses idosos? O objetivo do artigo é, após identificar os estereótipos que revestem a população idosa, refletir sobre o idoso no seu novo papel de ator social, identificando os movimentos sociais voltados para este segmento etário. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica. Conclui-se que, diante de um cenário hostil imposto pela sociedade contemporânea para os idosos, na verdade, há a necessidade de políticas públicas que reconheçam e garantam os direitos básicos por que luta este grupo etário. Apesar dos preconceitos, os idosos devem continuar a se mobilizar para que seja possível superar as situações de vulnerabilidade, a que, via de regra, estão expostos especialmente quando da proximidade de sua finitude. Para a consolidação de um ator social, são necessárias ações educativas dirigidas ao segmento, trazendo conhecimento e informação de acesso de todas as pessoas idosas. A educação ao longo da vida tem um papel muito relevante, a fim de instrumentalizar e capacitá-las. Assim, será possível pensar, na atualidade, em um idoso que seja mais ativo, participativo e integrado à sociedade, que se posicione em busca de seus direitos e se engaje em movimentos sociais, escapando em definitivo do estereótipo ainda disseminado na sociedade daquele que nada mais na vida faria senão esperar a morte.

 

Author Biographies

Rita de Cássia da Silva Oliveira, State University of Ponta Grossa (UEPG).

Pedagogue. PhD in Educational Science – University of Santiago de Compostela. University Professor of Department of Education and Postgraduate in Education Program at the State University of Ponta Grossa (UEPG). Coordinator of the Open University for the Third Age (UEPG).

 

Paola Andressa Scortegagna, State University of Ponta Grossa (UEPG).

Pedagogue. Doctoral Student in Education at the State University of Ponta Grossa. University Professor of Department of Pedagogy (UEPG). Teacher of the Open University for the Third Age (UEPG).

 

Flávia da Silva Oliveira, Faculdade União Open University for the Third Age (UEPG).

Lawyer. Doctoral Student in Juridical Science - Pontifical Catholic University of Argentina. Coordinator and University Professor in Law School at the Faculdade União. Teacher of the Open University for the Third Age (UEPG).

E-mail: flasoliveira@uol.com.br

Published

2014-05-30

How to Cite

Oliveira, R. de C. da S., Scortegagna, P. A., & Oliveira, F. da S. (2014). O idoso: novo ator social diante da finitude/morte. Revista Kairós-Gerontologia, 17(Especial17), 149–167. https://doi.org/10.23925/2176-901X.2014v17iEspecial17p149-167