Perfil funcional, sociodemográfico e epidemiológico de idosos hospitalizados por fratura proximal de fêmur
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-901X.2015v18i1p217-234Palabras clave:
Envelhecimento, Idoso, Fraturas do fêmur.Resumen
A fratura proximal de fêmur (FPF) está relacionada a altos índices de morbidade e a grande impacto sobre a capacidade funcional do idoso. O objetivo do estudo foi traçar o perfil funcional de pacientes idosos hospitalizados por FPF, analisando os tipos de fraturas, o mecanismo causal, e as características físicas e funcionais prévias ao evento. Trata-se de um estudo do tipo observacional, quantitativo, de corte transversal, cujos participantes eram pacientes hospitalizados por FPF. Foi utilizada uma Ficha de Registro para coletar os dados sociodemográficos. O grau de independência funcional e a capacidade de marcha prévia à FPF foram avaliados respectivamente pelo Índice de Barthel, o Questionário de Pfeffer e a Classificação Funcional da Marcha Modificada. A amostra foi constituída por 32 idosos com média de idade de 79 (± 9,5) anos e uma predominância do sexo feminino (71,8%), de cor parda (43,8%) e baixa escolaridade. A maioria não morava sozinho e faziam uso de algum medicamento. Os idosos participantes, previamente à fratura, eram independentes para as atividades básicas da vida diária (ABVD), dependentes para as atividades instrumentais da vida diária (AIVD) e não utilizam dispositivos para locomoção. A queda foi a principal causa da FPF, sendo as mais prevalentes a fratura de colo de fêmur (FCF) e a fratura transtrocantérica (FTT). As comorbidades, os medicamentos, os fatores sociodemográficos, o deficit de marcha e a dependência funcional, podem estar associados à ocorrência de FPF em idosos.