Viúvas idosas: O que muda após a morte do marido doente?
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-901X.2015v18i3p265-293Palabras clave:
Cuidador Familiar, Viuvez, Qualidade de Vida, Morte, Acidente Vascular Encefálico.Resumen
A temática deste trabalho incide sobre as estratégias que podem ser previstas, a fim de minimizar os efeitos negativos trazidos a um cuidador familiar principal, e ainda sem orientação, devido aos cuidados que um parente dependente demandará, durante um longo tempo de dedicação exclusiva a ele. Trata-se de um estudo do tipo longitudinal, descritivo, observando-se aspectos qualitativos sustentados pelos empíricos, com uma revisão bibliográfica a respeito da temática, cuja discussão buscou-se encaminhar em abordagem interdisciplinar. No presente caso, objetiva-se interpretar os dados obtidos de idosas viúvas que, após cuidados ao longo do tempo, intensivos e focados no marido acometido por um Acidente Vascular Encefálico (AVE), manifestam elas, além do sofrimento pela perda de alguém tão próximo, comprometimentos no domínio físico, das relações sociais, além daqueles com o meio ambiente. Contar com o Programa Saúde da Família (PSF), bem como de uma rede social (familiares, vizinhos, amigos) pode ser uma via eficiente para o desafio de esposas manterem sua resiliência nos cuidados específicos ao outro e, a um só tempo, de si mesmas. Enfatiza-se a necessidade de novas pesquisas, e que o cuidador em geral necessita, imprescindivelmente, ser bem-orientado quanto aos cuidados, primeiramente de si próprio, para estar potencialmente apto a bem-cuidar do outro.