O ilógico corpo que envelhece: Das múltiplas respostas à passagem do tempo.
DOI :
https://doi.org/10.23925/2176-901X.2020v23i2p127-144Mots-clés :
Modos de envelhecer, Diversidade, Corpo, Saúde, Envelhecimento.Résumé
Prudência e vigilância marcam o acelerado fenômeno do envelhecimento populacional, evidenciando uma preocupação internacional no âmbito da saúde, política e economia. O envelhecimento passa a justificar a redefinição de políticas e programas que visam a transformar o perfil mundial da velhice. Surgem novas modalidades políticas de gestão da população idosa. O envelhecimento passa a ser concebido em conformidade com padrões rigorosos de normatização. Predomina a visão biológica do envelhecer. A velhice passa a ser objeto de inúmeras práticas vinculadas ao discurso médico, desde o envelhecimento saudável, até a qualidade de vida e a terceira idade. O ilógico corpo que envelhece remete à compreensão de que, a despeito de todas as molduras sociais, envelhecer pode se tornar um processo transgressor, ao desafiar os padrões estéticos, as modelagens políticas e culturais. O ilógico, inesperado, insurgente pode ser um elemento afirmativo e sensível à vida de quem envelhece.