Mulher velha e natureza: O saber popular no uso e manejo dos quintais agroflorestais e na transmissão desse legado em Irati-PR
DOI :
https://doi.org/10.23925/2176-901X.2021v24iEspecial31p155-180Mots-clés :
plantas, mulher idosa, quintais, cuidado, socializaçãoRésumé
Este trabalho busca, através da fala de duas idosas sobre os cuidados do quintal, refletir como a divisão sexual do trabalho na sociedade capitalista, de alto teor patriarcal, influencia a forma como os trabalhos de cuidado femininos são vistos, inclusive, através do olhar que as próprias mulheres têm dessa atividade. Busca-se com isso, no entendimento da gênese da questão, a valorização das mulheres na manipulação de plantas alimentares e medicinais ao longo da história da humanidade, sendo fundamentais na perpetuidade da cultura, dos vínculos sociais e da biodiversidade.
Références
Aristóteles (2009). A Política. Nestor Silveira Chaves, Trad. (2ª ed.). São Paulo, SP: Edipro. (284 p.).
Brumer, A. (2004). Gênero e agricultura: a situação da mulher na agricultura do Rio Grande do Sul. Florianópolis, SC: Revista Estudos Feministas, 12(1), 205-227. Recuperado em 04 janeiro, 2021, de: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2004000100011.
Brumer, A., & Anjos, G. (2008). Gênero e reprodução social na agricultura familiar. Presidente Prudente, SP: Revista NERA, 12, 6-17, ano 11. Recuperado em 04 janeiro, 2021, de: file:///C:/Users/Dados/Downloads/1396-Texto%20do%20Artigo-3688-4020-10-20120502%20(1).pdf.
Cândido, A. (1982). Os parceiros do Rio Bonito: estudo sobre o caipira paulista e as transformações dos seus meios de vida. (6ª ed.). Rio de Janeiro, RJ: Duas Cidades. (284p.).
Chartier, R. (2002). O mundo como representação. In: ____. À beira da falésia: a história entre incertezas e inquietude. Patrícia Chittoni Ramos, Trad. Porto Alegre, RS: Ed. Universidade/UFRGS, 61-80.
Durkheim, E. (2002). As regras do método sociológico. (17a ed.). Maria Isaura Pereira de Queiroz, Trad. São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional.
Gevehr, D. L., & Souza, V. L. (2014). As mulheres e a igreja na idade média: misoginia, demonização e a caça às bruxas. Revista Acadêmica Licencia&acturas, 2(1), 113-121. Recuperado em 04 janeiro, 2021, de: http://www.ieduc.org.br/ojs/index.php/licenciaeacturas/article/view/38. DOI: http://dx.doi.org/10.55602/rlic.v2i1.38.
Gomes, G. S. (2013). Quintais agroflorestais no município de Irati, Paraná, Brasil: Agrobiodiversidade e socioeconomia. Tese de doutorado em Ciências Agrárias. Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. Recuperado em 04 janeiro, 2021, de: http://hdl.handle.net/1884/25778.
Kergoat, D. (2009). Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo. In: Hirata, H. et al. (Orgs.). Dicionário crítico do feminismo. São Paulo, SP: Editora UNESP, 67-75.
Kramer, H., & Springe, J. (1991). O martelo das feiticeiras, malleus maleficarum. Rio de Janeiro, RJ: Rosa dos Tempos (1484) (527p.).
Mauss, M. (2003). Sociologia e antropologia. São Paulo, SP: Cosac & Naify.
Marx, K. (1988). Livro 1 – O processo de produção do capital. In: O Capital – crítica da economia política. (12a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Bertrand Brasil.
Mies, M. (1988-2016). Origens sociais da divisão sexual do trabalho. A busca pelas origens sob uma perspectiva feminista. Rio de Janeiro. RJ: Direito e Práxis, 7(15), 838-873. Recuperado em 04 janeiro, 2021, de: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaceaju/article/view/25360/0. DOI: 10.12957/dep.2016.25360.
Pinquart, M., & Sorensen, S. (2001). Gender Differences in Self-Concept and Psychologic Well-Being in Old Age: a meta-analysis. Journal of Gerontology Psychological Sciences, Waltham, 56B(4), 195-213. Recuperado em 04 janeiro, 2020, de: DOI: 10.1093/geronb/56.4.p195.
Pereira, L. G., Vieira, F. J., Alencar, N. L., Carvalho, F. A., & Barros, R. F. M. (2016). Diversidade florística em quintais do Nordeste brasileiro: um estudo etnobotânico em comunidades rurais em Monsenhor Gil/PI. Espacios, 37(20), 11. Recuperado em 04 janeiro, 2021, de: https://www.revistaespacios.com/a16v37n20/16372011.html.
PROVOPAR. (2021). Quem somos - Institucional. Curitiba, PR. Recuperado em 04 janeiro, 2021, de: http://www.provoparestadual.org.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1.
Reda, F. R., & Musial, D. C. (2019). Segurança alimentar e nutricional no âmbito do estatuto do idoso: apontamentos para a construção de um pensamento crítico junto à população idosa, pp. 273-284. In: Barroso, A. S., Hoyos, A., Salmazo da Silva, H., & Fortunato, I, (Orgs.). Diálogos Interdisciplinares do Envelhecimento. São Paulo, SP: Edições Hipótese. ISBN: 978-85-60127-04-7. (482 p.).
Salgado, C. D. S. (2002). Mulher idosa: a feminização da velhice. Porto Alegre, RS: Estud. interdiscip. envelhec., 4, 7-19. Recuperado em 04 janeiro, 2021, de: DOI: https://doi.org/10.22456/2316-2171.4716.
Saffioti, H. (1987). O poder do macho. São Paulo, SP: Moderna. (134 p.).
Santos, B. S. (2000). A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. São Paulo, SP: Cortêz Editora.
Santos, S. D., & Guarim Neto, G. (2008). Etnoecologia de quintais: estrutura e diversidade de usos de recursos vegetais em Alta Floresta. In: Guarim Neto, G., & Carniello, M. A. Quintais mato-grossenses: espaços de conservação e reprodução de saberes. Cáceres, mt: UNEMT, 201.
Santos, S. M. O. L., & Oliveira, L. (2010). Igualdade nas relações de gênero na sociedade do capital: limites, contradições e avanços. Florianópolis, SC: Revista Katalisys, 13(1), 11-19. Recuperado em 04 janeiro, 2021, de: https://www.scielo.br/j/rk/a/HqLvNHVzXPJkDYSCHsb94hP/abstract/?lang=pt.
Scholz, R. (1996). O valor é o homem. Teses sobre a socialização pelo valor e a relação entre os sexos. Tradução portuguesa de José Marcos Macedo publicada em S. Paulo. Novos Estudos – CEBRAP, 45, 15-36. Recuperado em 04 janeiro, 2021, de: http://www.obeco-online.org/rst1.htm.
Silva, W. C., Ferreira, A. A. S., Martins, A. S., Costa, M. B. T., & Arruda, A. S. (2016). Utilização de plantas medicinais pela comunidade periférica do município de Ipameri –Goiás. In: Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da Ueginovação: Inclusão Social e Direitos, 3. Anais. CEPE, 2016.
Sousa, L. P., & Guedes, D. R. (2016). A desigual divisão sexual do trabalho: um olhar sobre a última década. Estudos Avançados, 30(87), 123-139. São Paulo. Recuperado em 16 dezembro, 2020, de: https://www.scielo.br/pdf/ea/v30n87/0103-4014-ea-30-87-00123.pdf.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Revista Kairós-Gerontologia 2022
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Kairós Gerontologia é detentora dos direitos autorais de todos os artigos publicados por ela. A reprodução total dos artigos desta revista em outras publicações, ou para qualquer outro fim, por quaisquer meios, requer autorização por escrito do editor deste periódico. Reproduções parciais de artigos (resumo, abstract, mais de 500 palavras de texto, tabelas, figuras e outras ilustrações) deverão ter permissão por escrito do editor e dos autores.