Ideação Suicida: Manejo na Clínica Psicanalítica

Autores

Palavras-chave:

Ideação Suicida, Psicanálise, Manejo clínico.

Resumo

A ideação suicida é entendida como uma representação mental que pensa e planeja o ceifar da própria vida, sem, contudo, concluí-lo. Essa temática tem apresentado questões que merecem a atenção do âmbito acadêmico, principalmente em relação à suas motivações, formas de evitamento e manejo clínico. Contudo, pouco é abordado ao longo da formação do psicólogo no Brasil, o que justifica este estudo. Cada escola da psicologia entende o homem a partir de um prisma específico. A psicanálise o compreende como um sujeito dotado de desejo, singularidade, cujos comportamentos são influenciados por conteúdos inconscientes. Em relação ao sujeito que planeja tirar a própria vida, a psicanálise entende que na verdade, o desejo é cessar uma dor insuportável para a qual não identifica perspectiva de melhora. Em função disso, esta pesquisa buscou compreender como se dá o processo psicoterápico do sujeito que recorre à terapia psicanalítica em decorrência da ideação suicida. Para tanto, foram entrevistados quatro psicólogos com formação em Psicanálise e experiência sólida com esta demanda. Os resultados apontam para visões heterogêneas acerca do manejo adequado para estes pacientes, a importância da subjetividade do sujeito na construção da ideação suicida e a ausência de técnicas padronizadas que abarquem a complexidade do sofrimento humano. Ficou evidente que a ideação suicida não é a causa do sofrimento psíquico, mas a consequência de uma dor intensa que requer acolhimento, empatia e sensibilidade tanto do psicólogo/psicanalista quanto dos demais profissionais que dispensam cuidados ao sujeito com ideação suicida.

Biografia do Autor

Dayse de Cássia Pereira, Universidade Paulista (UNIP)

Graduanda em Psicologia pela Universidade Paulista

Pesquisadora pela mesma universidade em duas iniciações científicas (2017 e 2019)

Anna Silvia Rosal de Rosal, Universidade Paulista (UNIP)

Doutoranda em Psicologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC SP); Mestre em Psicologia pela PUC SP (2014); Especialista em Psicoterapia Psicanalítica pela USP (1998); Psicóloga pelo Centro Universitário de Brasília (1992). Professora universitária e conteudista. Experiência clínica e em Recursos Humanos. Pesquisadora com ênfase nos seguintes temas: expatriação, refúgio, imigração, treinamento e adaptação intercultural.

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Publicado

2020-01-15