Felicidade, consumismo e mal-estar na civilização

uma análise fílmica do curta Happiness

Autores

  • Mariana Gabriela de Oliveira Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
  • Lyvia Renata Rodrigues Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.23925/lf.v15i2.65148

Palavras-chave:

Consumismo, Mal-estar na civilização, Happiness, Felicidade, Análise Fílmica

Resumo

O presente estudo tem como objetivo, a partir da perspectiva psicanalítica, analisar como o curta Happiness, de Steve Cutts, auxilia a compreender quais são os sinais do mal-estar da civilização presentes em uma sociedade de consumo que busca pela felicidade que, aparentemente, está por todo lado, mas que ninguém consegue alcançar. A temática felicidade é abordada por Freud no texto Mal-estar na Civilização de 1930, no qual aponta que os homens desejam alcançar a felicidade e permanecer nela, no entanto, para cada sujeito, a resposta sobre onde encontrar felicidade é muito particular, podendo ser por diversos caminhos, mas nenhum garante segurança total. Para ele, a felicidade constante e absoluta não existe, ela acontece de maneira intermitente.  A cultura do consumo potencializa a ideia de que através da satisfação dos desejos individuais será possível encontrar felicidade e assim, aguça nos consumidores novos desejos a serem satisfeitos, fazendo-os querer consumir sempre mais. No entanto, o vazio existencial inerente ao ser humano e suas relações não se preenche facilmente com objetos, prazer ou medicação. Todas essas questões levantadas por Freud podem ser analisadas por meio do curta Happiness, que também denuncia os excessos da sociedade moderna, a robotização da vida cotidiana e as estratégias dos indivíduos para lidar com as angústias da vida real, auxiliando na reflexão do consumismo e da busca pela felicidade.

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Publicado

2024-01-29