DEPRESSÃO: A SUBJETIVAÇÃO NO CENÁRIO HIPERMODERNO

Authors

  • Ana Rosa Gonçalves De Paula Guimaraes Possui graduação em Psicologia pela Universidade de Franca (2009), licenciatura plena em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, pelo Centro Universitário Municipal de Franca (2011), especialista em Saúde Pública, pela Universidade de Franca (2011). Mestre em Psicologia, com ênfase em Psicanálise e Cultura, pela Universidade Federal de Uberlândia (2017). Atualmente, cursa o Doutorado em Letras (Estudos Literários), pela Universidade Federal de Uberlândia; especializações em Teoria Psicanalítica e Filosofia pelo Instituto Souza.

Keywords:

Depressão, Sociedade, Psicanálise. Saúde Pública.

Abstract

 O objetivo desta pesquisa é  apresentar uma análise da depressão a partir da consideração do contexto hipermoderno, tendo em vista os paradigmas em vigência, que podem contribuir para o desencadeamento dessa psicopatologia nos indivíduos. Para isso, partiu-se dos reflexos que a depressão causa à saúde pública, bem como o aumento de casos, tornando-se uma epidemia; a depressão será conceituada por meio das contribuições psicanalíticas quanto à psicodinâmica envolta pelo sujeito que a apresenta. Após isso, elencaram-se algumas determinantes sociais e culturais, que podem contribuir para a eclosão da depressão, como: o hiperindividualismo, o hipernarcisismo, o consumismo, a negação da subjetividade, como, também, os paliativos sociais, utilizados a fim de ocultar a depressão e possibilitar a fuga do mal-estar social.

Author Biography

Ana Rosa Gonçalves De Paula Guimaraes, Possui graduação em Psicologia pela Universidade de Franca (2009), licenciatura plena em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, pelo Centro Universitário Municipal de Franca (2011), especialista em Saúde Pública, pela Universidade de Franca (2011). Mestre em Psicologia, com ênfase em Psicanálise e Cultura, pela Universidade Federal de Uberlândia (2017). Atualmente, cursa o Doutorado em Letras (Estudos Literários), pela Universidade Federal de Uberlândia; especializações em Teoria Psicanalítica e Filosofia pelo Instituto Souza.

1. GUIMARÃES, A. R. G. P.. Os Aspectos do Duplo no Romantismo de E. T. A. Hoffmann. REVISTA TRAMA (UNIOESTE. ONLINE), v. 14, p. 62-73, 2018. 
2. GUIMARÃES, A. R. G. P.. A Hermenêutica e o Romantismo Alemão. Diaphonía, v. 3, p. 156-168, 2017. 3. GUIMARÃES, A. R. G. P.; PROCHNO, C. C. S. C. . Os estudiosos do inconsciente: sobre o escritor e o psicanalista. Psicanálise: revista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre, v. 19, p. 139-153, 2017. 4. GUIMARÃES, A. R. G. P.. Goethe: poeta e psicanalista. REVISTA TRAMA (UNIOESTE. ONLINE), v. 13, p. 59-76, 2017. 5. GUIMARAES, ANA ROSA GONÇALVES DE PAULA; PRÓCHNO, CAIO CÉSAR SOUZA CAMARGO . O sensacionismo, o primado estético-filosófico do poeta Alberto Caeiro e a proposta psicanalítica da atenção flutuante. TEMPO PSICANALÍTICO, v. 49, p. 102-125, 2017. 6. GUIMARÃES, A. R. G. P.. Amor, dor e gozo: sobre as manifestações culturais da tristeza, da melancolia e da depressão. Leitura Flutuante, v. 8, p. 13-31, 2016. 7. GUIMARÃES, A. R. G. P.. O modo de funcionamento mental na sociedade hipermoderna. Revista de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre, v. 18, p. 115-134, 2016. 8. GUIMARÃES, A. R. G. P.. O leitor e a leitura literária subjetiva: processos receptivos, emancipados e performáticos. Travessias (UNIOESTE. Online), v. 10, p. 45-58, 2016. 

References

EDLER, S. (2008). Luto e Melancolia: à sombra do espetáculo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

BIRMAN, J. (1999). A psicopatologia na pós-modernidade: as alquimias no mal-estar da atualidade. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2 (1), 34-49.

FREUD, S. (1996). O Mal-Estar na Civilização. In J. Strachey (Ed.), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. 21, pp. 67-71). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1930).

FROMM, E. Psicanálise da Sociedade Contemporânea. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.

HOLMES, J. (2005). Depressão. Rio de Janeiro: Relume Dumará; Ediouro; São Paulo: Segmento-Duetto.

HORWITZ, A, & WAKEFIELD, J. C. (2010). A Tristeza perdida: como a psiquiatria transformou a depressão em moda. São Paulo: Summus.

JABOR, A. (2009). Amor é prosa, sexo é poesia: crônicas afetivas. Rio de Janeiro: Objetiva.

KEHL, M. R. (2009). O tempo e o cão: a atualidade das depressões. São Paulo: Boitempo.

LEITE, E. A. (2010). F. Tristeza. São Paulo: Duetto Editorial.

LIPOVETSKY, G. (2004). Os tempos hipermodernos. São Paulo: Editora Barcarolla.

ROJAS, M. C., & STERNBACH, S. (1994). Entre dos siglos: una lectura psicoanalítica de la posmodernidad. Buenos Aires: Lugar Editorial.

ROTTERDAM, E. (2008). Elogio da loucura. São Paulo: Martin Claret.

ROUDINESCO, E. (2000). Por que a psicanálise? Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.

SYMINGTON, N. (2003). Narcisismo: uma nova teoria. São Paulo: Roca.

SOLOMON, A. (2010). O demônio do meio-dia: uma anatomia da depressão. Rio de Janeiro: Objetiva.

Published

2018-06-21