Sujeito, corpo e “stoma” , algumas considerações sobre a escuta clínica
Palabras clave:
estomização, corpo, sujeitoResumen
O presente artigo teve como objetivo produzir uma análise e tecer considerações a partir da escuta clínica de sujeitos que vivenciaram a experiência da estomização, e que foram atendidos em um serviço de saúde pública. O trabalho foi à luz do referencial psicanalítico, considerando a singularidade do sujeito com o corpo e o estoma. A vivência da estomização e a utilização da bolsa coletora provocam mudanças significativas no corpo e no psíquico. A alteração da imagem corporal é vista, pois há uma modificação abrupta na vida do sujeito, afetando a sua relação com o próprio corpo, bem como o outro. O corpo é marcado por uma diferença que contrapõe aos ideias narcísicos contemporâneos. Neste contexto, torna-se importante a escuta clínica, a fim de testemunhar os relatos dos sujeitos, possibilitando um novo olhar sobre o mesmo a partir da diferença e singularidade.
Citas
ANDRADE, Maria .; SOLÉRA, Maria Oliva. A deficiência como um espelho perturbador, uma contribuição psicanalítica à questão da inclusão de pessoas com deficiência. Mudanças -Psicologia da Saúde, 2006. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/MUD/article/view/636 . Acesso em: 01 de dezembro 2018.
BARBUTTI, Rita; SILVA, Marisa; ABREU, M.A.L. Ostomia uma difícil adaptação. Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, 2008. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582008000200004>. Acesso em: 12 de novembro de 2018.
BENTO, Mariangela. Corpo estranho – narcisismo e desamparo no contexto hospitalar. Revista Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, 2008. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582008000100008.
Acesso em: 03 de dezembro de 2018.
BRASIL, Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais para Atenção à Saúde das Pessoas Ostomizadas. Portaria n º 400, de 16 de novembro de 2009.
BRAUER, Jussara. O sujeito e a deficiência. Estilos da Clinica. Dossiê: Revista sobre a infância com problemas, 1998. Disponível em: < http://www.revistas.usp.br/estic/article/view/60735> . Acesso em 07 de dezembro de 2018.
BONFIM, Flávia. Psicanálise e Reabilitação Física. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, 2014. Disponível em: http://submission.scielo.br/index.php/pcp/issue/view/2058.
Acesso em 18 de dezembro de 2018.
CEREZETTI, Cristina. Orientações psicológicas e capacidade reativa de pessoas ostomizadas e seus familiares. O mundo da saúde, 2012. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mundo_saude/orientacoes_piscologicas_capacidade_reativa_pessoas.pdf> . Acesso em 09 de novembro de 2018.
COPPUS, Alinne. et al. O medo que temos do corpo: a psicopatologia na vida cotidiana. Analytica, 2014. Disponível em:< http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2316-51972014000200003 > . Acesso em 10 de desembro de 2018.
ELIA, Luciano. A transferência na Pesquisa em Psicanálise: Lugar ou Excesso?. Psicologia: Reflexão e Crítica, 1999. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79721999000300015. Acesso em: 6 de novembro 2018.
FIGUEIREDO, Luis.; MINERBO, Marion. Pesquisa em psicanálise: algumas ideias e um exemplo. Jornal de Psicanálise, 2006. Disponível em:< http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352006000100017> . Acesso em 20 de novembro de 2018.
FREUD, S. O mal estar na civilização, Rio de Janeiro: Imago, 1996. 307 p.
GOMES, Daniela.; PRÓCHNO, Caio. O corpo-doente, o hospital e a psicanálise: desdobramentos contemporâneos?. Saúde e Sociedade, 2015. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-12902015000300780&script=sci_abstract&tlng=pt >. Acesso em 02 de novembro de 2018.
IRIBARRY, Isac. O que é pesquisa psicanalítica?. Àgora, 2003. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-14982003000100007> Acesso em 02 de novembro de 2018.
LACAN, Jacques. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998. 937p.
LANIUS, Manuela. CORPO À MOSTRA: ecos do dizer no corpo. Revista Associação Psicanalítica de Porto Alegre, 2014. Disponível em: http://www.appoa.com.br/uploads/arquivos/revistas/revista_47_2.pdf> . Acesso em 17 de dezembro de 2018.
LEVIN, Esteban. A clinica psicomotora: o corpo na linguagem, Rio de Janeiro: Vozes, 2001. 341p.
LIMA, Stella. Complicações em Estomas intestinais e urinários: revisão integrativa. São Paulo, Universidade Estadual Paulista, 2017. Dissertação de Enfermagem apresentada ao Programa de pós graduação em Enfermagem.
LUZ, Maria Helena. et al. Caracterização dos pacientes submetidos a estomas intestinais em um hospital público de Teresina –PI. Texto e Contexto Enfermagem, 2009. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/tce/v18n1/v18n1a17> . Acesso em 09 de dezembro de 2018.
NASIO, Juan-David. A dor física: uma teoria psicanalítica da dor corporal, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008. 128p.
SAURET, Marie-Jean. A pesquisa clínica em psicanálise. Psicologia USP, 2004. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/pusp/v14n3/v14n3a09.pdf> . Acesso em 02 de novembro de 2018.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).