Entre as estatísticas e a cidade: o cadastramento e a produção da demanda social por apartamentos, no Programa Minha Casa Minha Vida

Autores

  • Marcella Carvalho de Araújo Silva Iesp/Uerj

Palavras-chave:

remoção, Minha Casa Minha Vida, cadastro social, mercados imobiliários informais, mercados imobiliários liminares

Resumo

Este trabalho investiga as controvérsias geradas pelo anúncio da remoção dos moradores de uma favela condenada por área de risco para um condomínio popular do Minha Casa Minha Vida. Com o intuito de compreender a contradição entre a produção de moradias e o recente aumento no déficit habitacional, este artigo foca no momento crucial da identificação do problema social no mundo, em que a abstração técnica do “risco” depende de classificações de situações concretas: o cadastramento social. Analisando os desacordos entre moradores que pretendem permanecer na favela e aqueles que pleiteiam a mudança, proponho uma reflexão sobre as dinâmicas do que estou chamando de um mercado imobiliário liminar, uma configuração espaço-temporal específica, entre a favela e o condomínio popular.

Biografia do Autor

Marcella Carvalho de Araújo Silva, Iesp/Uerj

Doutoranda sociologia pelo Iesp/Uerj e bolsista de doutorado nota 10 da Faperj.

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Publicado

2016-03-12

Como Citar

de Araújo Silva, M. C. (2016). Entre as estatísticas e a cidade: o cadastramento e a produção da demanda social por apartamentos, no Programa Minha Casa Minha Vida. Cadernos Metrópole, 18(35), 237–256. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/2236-9996.2016-3511