Em busca do sentimento da paisagem

Autores

  • Margareth Afeche Pimenta UFSC

Palavras-chave:

paisagem, sentimento, natureza, Humboldt, Carus

Resumo

Entre aproximações e distanciamentos, o sentimento da paisagem (stimmung) resulta de um longo debate que coloca em questão a racionalidade definitiva do mundo. A conflitualidade latente entre razão e emoção leva Kant a admitir a possibilidade da apreensão suprassensível da natureza. Sulzer e Herder alinham-se com ressalvas nessa direção, reconhecendo a existência de prazer ou excitação, provocados a partir da interação exterior. Carus, a partir de então, refere-se diretamente ao sentimento da paisagem, apoiado em influências cruzadas de Goethe e Humboldt. Este artigo pretende acompanhar essa trajetória de elaboração conceitual, reconhecendo à pintura a capacidade de suscitar, em Carus, o estímulo para a apreensão sensível do mundo.

Biografia do Autor

Margareth Afeche Pimenta, UFSC

Professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo e da Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Santa Catarina. Coordenadora do Núcleo de Pesquisa Cidadhis_CNPq. Arquiteta e Urbanista, formada pela FAU-USP. Mestre em Planejamento Urbano e Regional, COPPE-UFRJ. Doutora pela Universidade de Paris IV-Sorbonne.

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Publicado

2016-10-28

Como Citar

Afeche Pimenta, M. (2016). Em busca do sentimento da paisagem. Cadernos Metrópole, 18(37), 863–877. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/2236-9996.2016-3712