Lixo, racismo e injustiça ambiental na Região Metropolitana de Belém

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/2236-9996.2020-4912

Palavras-chave:

Lixão de Marituba, Amazônia urbana, colonialidades, necropoder, ecologia política

Resumo

A lógica da produção e de descarte de resíduos sólidos é expressão das mais perversas e paradoxais da desigual distribuição de poder no capitalismo. Estigmatiza com a ideia de “atraso”, de “indesejáveis”, indivíduos e lugares “descartáveis”, que recebem os resíduos e os riscos a eles associados que a sociedade de consumo produz. Ancorado em pesquisa documental e bibliográfica e em entrevistas abertas com moradores e ativistas envolvidos na luta pela retirada do Lixão de Marituba, como é conhecido o irregular e polêmico aterro da Região Metropolitana de Belém, este artigo focaliza e discute o caso – emblemático como cena colonial na contemporânea Amazônia urbana – a partir dos marcos da ecologia política e das noções de justiça ambiental, colonialidades, racismo e necropoder.

Biografia do Autor

Rosane Maria Albino Steinbrenner, Universidade Federal do Pará (UFPA). Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia (PGCOM).

Professora Associada da Faculdade de Comunicação (FACOM) e docente permanente do Programa de Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCOM) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Possui  mestrado em Planejamento do Desenvolvimento (2006) e doutorado em Desenvolvimento Socioambiental pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos(NAEA). É pós-doutoranda no Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) da UFPA.

Rosaly de Seixas Brito, Universidade Federal do Pará (UFPA). Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia (PGCOM).

Professora Associada da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Pará. Professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCOM/UFPA). Doutora em Ciências Sociais, área de concentração em Antropologia, pela Universidade Federal do Pará (UFPA). É mestre em Comunicação, área de concentração em Teoria e Ensino da Comunicação, pela Universidade Metodista de São Paulo e graduada em Comunicação - habilitação em Jornalismo na UFPA. 

 

Edna Ramos de Castro, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Sociologia (PPGSA) Universidade Federal do Pará (UFPA)

Professora Titular da Universidade Federal do Pará, atuando no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/NAEA/UFPA. Possui mestrado e doutorado em Sociologia pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Paris, 1978-1983). Foi professora Visitante da Universidade de Québec à Montreal, vinculada ao Depto. de Sociologia e ao Institut de l' Environnement, Montreal, Canada (1996/97); na Universidade de Brasília, UnB, no Departamento de Sociologia (2004/2005) e na Université Le Havre, França (2010). Diretora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/NAEA/UFPA (1997-2000 e 2005-2009).  Presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional/ANPUR (2007-2009). Diretora na Associação Nacional de Pesquisa e pós-graduação em Ciências Sociais/ANPOCS (1986-1988; 1994-1996; 2012-2014), na Sociedade Brasileira de Sociologia/SBS (2009-2011), e na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência/SBPC (2011 a 2015).

Publicado

2020-08-26

Como Citar

Steinbrenner, R. M. A., Brito, R. de S., & Castro, E. R. de. (2020). Lixo, racismo e injustiça ambiental na Região Metropolitana de Belém. Cadernos Metrópole, 22(49), 935–961. https://doi.org/10.1590/2236-9996.2020-4912