A fundação de Belo Horizonte: ordem, progresso e higiene, mas não para todos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/2236-9996.2021-5210.e

Palavras-chave:

higiene, planejamento, história urbana, legislação

Resumo

O plano de Belo Horizonte, capital inaugurada no fim do século XIX, teve ordem, progresso e higiene como premissas básicas. Todavia, a cidade apresenta, desde suas origens, um padrão peculiar de segregação socioespacial. Essa condição tem sido atribuída a seu plano, que previa a construção de uma zona urbana elitista, expulsando antigos moradores e imigrantes pobres para os subúrbios desorganizados e sem higiene, assim como áreas de risco e ambientalmente frágeis. Esta pesquisa histórica revela quais mecanismos e práticas resultaram em tal segregação socioespacial, agindo além do plano e em consequência dele, ao mesmo tempo que desafia dicotomias tais como centro rico/periferia pobre que têm dominado a historiografia sobre Belo Horizonte, revelando uma realidade muito mais complexa.

Biografia do Autor

Patrícia Capanema Alvares Fernandes, UFMG

Doutora em Arquitetura e Urbanismo pelo NPGAU, UFMG e pela KULEUVEN (Bélgica), 2019. 

 

Publicado

2021-08-22

Como Citar

Fernandes, P. C. A. (2021). A fundação de Belo Horizonte: ordem, progresso e higiene, mas não para todos. Cadernos Metrópole, 23(52), 1061–1084. https://doi.org/10.1590/2236-9996.2021-5210.e

Edição

Seção

Artigos Complementares