Produção do espaço residencial em Santos/SP: parâmetros urbanísticos e a “ordem urbana”
DOI:
https://doi.org/10.1590/2236-9996.2022-5415Palavras-chave:
política urbana, espaço residencial, mercado imobiliário, coeficiente de aproveitamento, segregaçãoResumo
Este artigo está amparado nas teses de Abramo e Villaça a propósito da produção das novas localizações residenciais para levantar a hipótese de que a ação regulatória estatal reforça a “ordem urbana” que privilegia a produção de espaço residencial de alta renda. A metodologia empregada consistiu em analisar a distribuição de índices urbanísticos, em especial o coeficiente de aproveitamento na legislação urbanística da área insular do município de Santos no período compreendido entre 1968 e 2018. Conclui-se que há uma combinação de generalização e focalização na atribuição do aproveitamento do solo pelo poder local que desencadeia uma “ordem urbana” direcionada à maximização dos lucros da produção de novas localizações e o direcionamento da produção residencial pelas camadas de alta renda.
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