As grandes incorporadoras, o segmento econômico e a desconstrução da promoção pública habitacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/2236-9996.2022-5304

Palavras-chave:

produção do espaço, segmento econômico, política habitacional, finanças, mercado imobiliário

Resumo

Este artigo discute como o avanço das relações capitalistas na produção imobiliária através da consolidação econômica e política de grandes incorporadoras tem interferido na condução de políticas públicas. Partindo da noção de formas de produção (Jaramillo, 1982), sustentamos que as grandes incorporadoras, ao articularem a sofisticação dos mecanismos de produção imediata (controle econômico direto) com o crescente poder enquanto grupo de interesse na definição das políticas de financiamento e urbana (controle econômico indireto), têm consagrado o segmento econômico como principal produto da política habitacional. Esse movimento, ao ampliar a mercantilização da cidade e o controle da política pública por poderosos agentes privados, tem inviabilizado a estratégia de desmercantilização da moradia por meio da ação direta do Estado na produção habitacional.

Biografia do Autor

Isadora Fernandes Borges de Oliveira

Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. São Paulo, SP/Brasil.

Beatriz Rufino

Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Departamento de Projeto, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. São Paulo, SP/Brasil.

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Publicado

2021-11-26

Como Citar

Oliveira, I. F. B. de ., & Rufino, B. . (2021). As grandes incorporadoras, o segmento econômico e a desconstrução da promoção pública habitacional. Cadernos Metrópole, 24(53), 93–118. https://doi.org/10.1590/2236-9996.2022-5304