Cooperação interfirmas na perspectiva de startups presentes em ambientes de inovação gaúchos
DOI:
https://doi.org/10.1590/2236-9996.2023-5604Palavras-chave:
ambientes de inovação, cooperação, startupsResumo
O objetivo deste artigo é investigar como se manifestam as principais relações de cooperação interfirmas (RCIs) estabelecidas por startups em Ambientes de Inovação (AIs) do Rio Grande do Sul. A metodologia utilizada foi uma survey realizada por meio de questionário aplicado com acompanhamento de pesquisadores. Como técnica de pesquisa, utilizaram-se procedimentos associados à estatística descritiva dos dados e testes estatísticos. De 77% startups que cooperam, 70% interagem com empresas externas aos AIs. O teste de qui-quadrado de independência demonstrou que não há associação entre o número de RCIs e o fato de a cooperação ocorrer dentro ou fora dos AIs. O caráter regionalizado da inovação perde força e cede espaço à organização em redes.
Referências
ABS (2019). FASES DE UMA STARTUP: CONHEÇA O QUE CARACTERIZA CADA FASE. In: ABSTARTUPS. Disponível em: https://abstartups.com.br/fases-de-uma-startup-saiba-tudo-sobre-cada-etapa/. Acesso em: 11 maio 2021.
ANPROTEC – Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores. (2019a). Ecossistemas de Empreendedorismo Inovadores e Inspiradores – relatório técnico. Disponível em: https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/52159/1591723666ECOSSISTEMAS_DE_ALTO_IMPACTO_Digital_3.pdf. Acesso em 13 abril de 2021.
______. (2019b). Estudo Corporate Venturing no Brasil: co-inovando em rede – relatório técnico. Disponível em: https://anprotec.org.br/site/wp-content/uploads/2019/06/Corporate-Venturing-Anprotec-e-Sebrae.pdf. Acesso em 13 abril de 2021.
ASHEIM, B. T.; GERTLER, M. S. (2006). The Geography of Innovation: Regional Innovation Systems. Disponível em: https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199286805.003.0011. Acesso em: 12 maio 2021.
BECATTINI, G. (2000). Il distretto industrial. Turim, Rosenberg & Sellier.
BECKERT, J. (2007). The social order of markets. Colônia, Max Planck Institute for the Study of Societies (MPIfG).
BOSCHMA, R. (2010). Proximity and Innovation: A Critical Assessment. Regional Studies. Disponível em: https://doi.org/10.1080/0034340052000320887. Acesso em: 13 maio 2021.
CASTELLS, M. (1999). A sociedade em rede. São Paulo, Paz e Terra.
COWORKING BRASIL 2019. (2020). CENSO RESULTADOS. Disponível em: https://coworkingbrasil.org/censo/2019/. Acesso em: 15 maio 2021.
DEWES, F. et al. (2012). Ambientes e estímulos favoráveis à criatividade aplicada a processos de inovação de produtos. Espacios. Caracas, v. 33, n.8, p. 6.
ETZKOWITZ, H. (2009). Hélice Tríplice - universidade, indústria e governo: inovação em movimento. Porto Alegre, EDIPUCRS.
ETZKOWITZ, H.; ZHOU, C. (2017). Hélice Tríplice: inovação e empreendedorismo universidade-indústria-governo. Estudos Avançados. São Paulo, v. 31, n. 90, pp. 23–48.
FERRARY, M.; GRANOVETTER, M. (2009). The Role of Venture Capital Firms in Silicon Valley's Complex Innovation Network. Economy and Society. Londres, v. 38, n.2, pp. 326-359.
GUIMARÃES, S. M. K; RODRIGUES AZAMBUJA, L. (2010). Empreendedorismo high-tech no Brasil: Condicionantes econômicos, políticos e culturais. Sociedade e Estado. Brasília, v.25, n.1, pp. 93-121.
HAGEDOORN, J.; LOKSHIN, B.; MALO, S. (2018). Alliances and the innovation performance of corporate and public research spin-off firms. Small Business Economics. v. 50, n. 4, p. 763–781.
HENRIQUES, I. C.; SOBREIRO, V. A.; KIMURA, H. (2018). Science and technology park: Future challenges. Technology in Society. V. 53, p. 144–160.
LIBERATI, D.; MARINUCCI, M.; TANZI, G. M. (2013). Science and Technology Parks in Italy: main features and analysis of their effects on hosted firms. The Journal of Technology Transfer. Roma, v. 41, n. 4, pp. 694-729.
LÖFSTEN, H.; LINDELÖF, P. (2005). R&D networks and product innovation patterns academic and non-academic new technology-based firms on Science Parks. Technovation. V. 25, n. 9, pp. 1025–1037.
MAY, Tim. (2004). Pesquisa social: questões, métodos e processos. Porto Alegre, Artmed.
MOCELIN, Daniel Gustavo; AZAMBUJA, Lucas Rodrigues. (2017). Empreendedorismo intensivo em conhecimento: elementos para uma agenda de pesquisas sobre a ação empreendedora no Brasil. Sociologias (UFRGS). Porto Alegre, v.19, n. 46, pp. 30 - 75.
NEVES, F.M. (2021). A COOPERAÇÃO INTERFIRMAS NA PERSPECTIVA DAS STARTUPS: Uma análise dos ambientes de inovação do Rio Grande do Sul. Tese de doutorado. Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
NEVES, F.M. et al. (2021). NOWHERE FIRMS: a cooperação na perspectiva das startups localizadas em ambientes de inovação. In: SEMEAD 2021: XXIV SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 2021, São Paulo. Anais. São Paulo, Programa de Pós-Graduação em Administração FEA – Universidade de São Paulo, pp.1-17.
NEVES, F.M.; MOCELIN, D. G. (2016). Cooperação e Relações entre Grandes e Pequenas Empresas em Parques Tecnológicos. Século XXI – Revista de Ciências Sociais. Santa Maria, v. 6, n. 2, pp. 157-195.
OCDE; EUROSTAT. (2018). Oslo Manual 2018. Disponível em: https://www.oecd-ilibrary.org/content/publication/9789264304604-en. Acesso em 20/04/2022.
POWELL, W.; PACKALEN, K.; WHITTINGTON, K. (2010). “The emergence of high-tech clusters in the life sciences”. In: PADGET, J. F.; POWELL, W. W. Organizational and institutional genesis. Princeton, Princeton University Press.
RAMELLA, Francesco. (2020). Sociologia da inovação econômica. Porto Alegre, Editora da UFRGS.
SAXENIAN, A. (2002). Silicon Valley’s New Immigrant High-Growth Entrepreneurs. Economic Development Quarterly. V. 16, n. 1, pp. 20–31.
SIEGEL S.; CASTELLAN JR. N. J. (1988). Nonparametric statistics for the behavioral sciences. Nova Iorque, McGraw-Hill.
SPERINDÉ, S.; NGUYEN-DUC, A. (2020). “Fostering Open Innovation in Coworking Spaces: A Study of Norwegian Startups”. In: NGUYEN-DUC, A. et al. (org.). Fundamentals of Software Startups: Essential Engineering and Business Aspects. Cham, Springer International Publishing.
SULLIVAN, D. M.; MARVEL, M. R.; WOLFE, M. T. (2021). With a little help from my friends? How learning activities and network ties impact performance for high tech startups in incubators. Technovation. V. 101, pp. 1-15.
TRIGILIA, C. (2005). Sviluppo locale: un progetto per l’Italia. Roma; Bari, Laterza.
TSCHANZ, R. et al. (2020). “No Innovation without cooperation” - How Switzerland innovation promotes cooperation between industry, research and startups. Chimia, v. 74, n. 10, p. 755–757.
VARAMÄKI, E.; VESALAINEN, J. (2010). Modelling Different Types of Multilateral Co-operation Between SMEs. Entrepreneurship & Regional Development. V. 2003, pp. 27–47.
ZENG, S. X.; XIE, X. M.; TAM, C. M. (2010). Relationship between cooperation networks and innovation performance of SMEs. Technovation. V. 30, n. 3, pp. 181–194.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Felipe Möller Neves
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A revista não tem condições de pagar direitos autorais nem de distribuir separatas.
O Instrumento Particular de Autorização e Cessão de Direitos Autorais, datado e assinado pelo(s) autor(es), deve ser transferido no passo 4 da submissão (Transferência de Documentos Suplementares). Em caso de dúvida consulte o Manual de Submissão pelo Autor.
O conteúdo do texto é de responsabilidade do(s) autor(es).