O confronto do Orçamento Participativo com as tradições representativas em São Paulo

Autores

  • Paulo Edgar da Rocha Resende

Palavras-chave:

democracia participativa, instituições liberais, governo local, cidadania, empoderamento

Resumo

Instrumentos de participação direta da cidadania como o Orçamento Participativo podem representar grande inovação na tomada de decisões de governos locais, favorecendo a transparência nas instituições, a inclusão de novos sujeitos políticos e a justiça social na distribuição de investimentos públicos. O alcance dessa participação, conduzida pelo Estado, terá sempre o limite estipulado pelo formato das instituiçoes liberais e os interesses dos líderes que controlam essas instituições políticas. Neste artigo, são analizados como e por que o Orçamento Participativo da Prefeitura Municipal de São Paulo (2001-2004) sofreu determinados contingenciamentos. Os resultados da pesquisa apontam como principais fatores as estratégias eleitorais e de governabilidade tomadas pelo partido e líderes políticos, as alianças de governo, a diversidade do perfil de líderes políticos, as disputas por influenciar o orçamento público e o clientelismo enraizado nas práticas políticas locais.

Biografia do Autor

Paulo Edgar da Rocha Resende

Bacharel em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, possui Diploma de Estudos Avançados em Ciências Políticas pela Universidade Autônoma de Barcelona e é Doutorando em Políticas Públicas e Transformação Social nessa mesma universidade. Bolsista do programa de Formação de Professores Universitários (FPU) do Ministério de Inovação e Ciências da Espanha, colabora como pesquisador no Instituto de Governo e Políticas Públicas (IGOP) (Barcelona, Espanha).

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Como Citar

Resende, P. E. da R. (2011). O confronto do Orçamento Participativo com as tradições representativas em São Paulo. Cadernos Metrópole, (21). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/5961