Questões metodológicas sobre o “déficit habitacional”: o perigo de abordagens corporativas

Autores

  • Sérgio de Azevedo
  • Maria Bernadette Araújo

Palavras-chave:

necessidades habitacionais, déficit habitacional, inadequação de domicílios, política habitacional, interfaces de políticas, habitação popular, favelas.

Resumo

A partir da metodologia para o cálculo do déficit habitacional, desenvolvida pela Fundação João Pinheiro por demanda do governo federal – em aprimoramento contínuo desde meados dos anos 90 e atualmente referência nacional na área – os autores fazem uma análise crítica ao viés corporativo da metodologia elaborada pelo Sindicado da Construção Civil/SP (Sinduscon/SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas/SP. Essa abordagem superestima o déficit quantitativo ao considerar a totalidade dos domicílios das favelas como “déficit”. Não distingue, também, a necessidade de construção de novas moradias da “inadequação de domicílios” que, sem implicar custos de reposição total das unidades, exige políticas públicas complementares à habitacional, como saneamento, infra-estrutura, urbanização, regularização fundiária, etc.

Biografia do Autor

Sérgio de Azevedo

Professor titular da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF (Rio de Janeiro, Brasil). Membro do Instituto do Milênio/Observatório das Metrópoles. Consultor ad hoc da Fundação João Pinheiro e do Ministério das Cidades.

Maria Bernadette Araújo

Demógrafa, coordenadora do Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro (Rio de Janeiro, Brasil).

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Como Citar

Azevedo, S. de, & Araújo, M. B. (2012). Questões metodológicas sobre o “déficit habitacional”: o perigo de abordagens corporativas. Cadernos Metrópole, (17). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/8773