Quando um muro separa e nenhuma ponte une

Autores

  • Lúcia Leitão

Palavras-chave:

cidade brasileira, urbanismo, segregação, espaço público.

Resumo

O objetivo deste texto é mostrar como a casa-grande, centro da organização social do Brasil patriarcal (Freyre, 1936), repercutiu na configuração atual da cidade brasileira. Amparada no conceito de identificação (Freud, 1973), busca-se fazer ver como e por que a sociedade brasileira reproduz, exaustivamente, e com isso ratifica um modelo espacial essencialmente privado – cuja manifestação recente são os shopping centers e os condomínios fechados –, claramente excludente, segregador como poucos, no ambiente construído que cotidianamente edifica. Trabalha-se com a hipótese de que, organizada em torno do espaço privado, a cidade brasileira ainda não construiu o seu espaço público porque esse tem sido o seu modo particular de segregar pessoas social e etnicamente menosprezadas na sociedade brasileira, da colônia aos nossos dias.

Biografia do Autor

Lúcia Leitão

Professora doutora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano da Universidade Federal de Pernambuco.

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Como Citar

Leitão, L. (2012). Quando um muro separa e nenhuma ponte une. Cadernos Metrópole, (13). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/8805

Edição

Seção

Artigos