Mulheres Transexuais e Travestis Sobreviventes
Onde Estão as Trans em Sorocaba?
DOI:
https://doi.org/10.23925/2318-5023.2022.n6.e60863Palavras-chave:
Cisnormatividade, Identidade de Gênero, Velhice Trans, Travestis e mulheres transexuais de SorocabaResumo
Este artigo pretende trazer à reflexão os apagamentos, os não acessos e as ausências de mulheres transexuais nas instituições sociais, consideradas aqui como: a família, a escola, o trabalho formal e o Estado. A metodologia da pesquisa se dá com a pesquisa bibliográfica e documental, e o método qualitativo, a fim de resgatar, denunciar, reverenciar toda a (re)existência de nossas sujeitas de estudo, visando entender como as mulheres transexuais/travestis, moradoras na cidade de Sorocaba/SP, consideradas “sobreviventes” por manterem-se vivas, acima da expectativa de vida de 35 anos ou mais, compreendem o mundo em que foram inseridas, os desafios enfrentados desde o momento em que formam expulsas do convívio familiar ainda crianças, e são obrigadas a sobreviverem, tendo apenas a marginalização de seus corpos como alternativa. Quais estratégias e como recalculam a rota para continuarem existindo, mesmo quando são consideradas velhas, e seus corpos não são mais considerados dignos de existir? As estatísticas comprovam que o Brasil é o país que mais mata no mundo, mesmo assim, o sistema cisheteronormativo segue com seu astigmatismo social ignorando as suas reivindicações por Direitos, por Educação e oportunidades no mercado de trabalho, e recorrentemente nos faz a mesma pergunta: Onde estão as trans?
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